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Cultura armênia em alta na cidade de São Paulo: Uma boa provocação

Nas próximas semanas a comunidade armênia paulistana vai ter uma oportunidade única. Vivenciaremos uma situação totalmente nova onde uma fantástica peça de teatro, um documentário premiado, um show de música armênia de raiz e uma noite cultural de suma importância, prometem criar uma efervescência poucas vezes vivida.

A peça 1915 é um marco. Escrita pelo ator e professor Arthur Haroyan ela é um espetáculo repleto de emotividade e sensibilidade. Trata-se de uma oportunidade única de sentir a dor do genocídio através da arte.

O filme Rapsódia Armênia dos diretores Cassiana Der Haroutiunian, Cesar e Gary Gananian vai estrear na Mostra Internacional de Cinema de São Paulo e nasceu da efervescência das raízes armênias dos realizadores. Ele trata de seres humanos, armenidade, vida e viagem.

O show do Grupo Kohar promete ser mais um evento de grande magnitude ( mesmo com problemas na venda dos ingressos). Uma trupe de mais de 200 pessoas vindas da Armênia vai oferecer uma apresentação que certamente poucos no mundo vão poder ver. Música e dança armênia de profundidade nas nossas raízes culturais.

Particularmente me chama a atenção a Noite da Cultura Armênia do Hay Azkain Turian Varjaran- Externato José Bonifácio. Os alunos da escola armênia vão nos brindar com mais uma interpretação artístico-cultural da nossa história de mais de 3.000 anos.

Aplaudir esses agentes culturais em pé é pouco. Arthur Haroyan, Cassiana Der Haroutiunian, Cesar e Gary Gananian, o corpo diretivo da Escola Armênia e seus alunos e professores, mostram que é possível sim vivenciar a armenidade de muitas formas.

Como havia prometido no título desse artigo, lanço uma boa provocação aos agentes culturais, vamos assim chamar, que estão agindo em nome da armenidade: que tal trazer tudo isso para dentro da coletividade? Agregar os jovens em torno do teatro, música, dança e artes em geral seria muito bom.

Estou muito feliz com todo esse agito. Um verdadeiro renascer. Mas inquieto como sou para esses temas, provoco mais uma vez: quando vão começar os ensaios e oficinas de arte dos grupos de dentro da comunidade?

Parabéns a todos e muito obrigado.

*James Onnig Tamdjian é colunista do Estação Armênia e suas opiniões não refletem necessariamente

Sobre o autor

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Professor de Geografia e Geopolítica. Fleumático, colérico, sanguíneo e melancólico.
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