Nesta quinta feira (06/Setembro), em complemento a onda de protestos que acontece pelo mundo, quase 1.500 cidadãos foram às ruas de Los Angeles, a maioria jovens, na frente dos consulados húngaro e azeri para exigir justiça pelo assassinato do soldado armênio Gurgen Margaryan.
Margaryan foi brutalmente assassinado por Ramil Safarov na Hungria em 2004. Após confessar o crime, Safarov iria cumprir uma pena de prisão perpétua na Hungria, entretanto, foi extraditado para o Azerbaijão onde foi imediatamente perdoado pelo governo azeri. Ao voltar para seu país foi tratado como herói nacional, causando indignação em diversas comunidades ao redor do mundo. A República da Armênia suspendeu as relações diplomáticas com a Hungria. Os Estados Unidos demostraram “profunda preocupação” com o caso e exigiram que a Hungria esse explicações sobre as razões para a extradição de Safarov.
O Membro do Conselho de Los Angeles, Paul Krekorian, discursou dizendo que “Perdoando Safarov, o presidente do Azerbaijão Ilham Aliyev demostrou mais uma vez para o mundo sua devoção à intolerância, ódio e separatismo, ao invés de paz e conciliação. Promovendo uma boas vindas de herói a Safarov em Baku, e promovendo sua categoria militar. O Sr. Alyieve e seu governo mandaram um claro e desprezível recado para todo país e para comunidade internacional: no Azerbaijão o assassino de armênios não é só tolerado, como também encorajado, celebrado e recompensado.”
Após seu discurso Krekorian junto com outros membros do AYF e UYA tentaram entregar uma carta escrita pelo comitê organizador para os Consuls da Hungria e Azerbaijão, mas foram proibidos de entrar. A segurança tentou impedir que fotos e vídeos fossem registrados em frente à porta. Em sequência, Krekorian leu a carta em alta voz entre a multidão, comunicando o ultraje que a comunidade armênia sentia. “Nós, as organizações aqui presentes, condenamos as ações da Hungria e do regime corrupto de Baku. Nós pedimos que a comunidade internacional se junte a nós em exigir um pedido de desculpas do governo húngaro e pedimos a rescisão da imoral decisão da extradição. Do governo azeri, exigimos a reversão do perdão e imediata prisão de Ramil Safarov.”
O Membro do Conselho da AYF, David Arakelyan, fez um discurso comovente dizendo: “Estamos aqui hoje para dizer ao mundo que a Nação Armênia não irá tolerar este tipo de tratamento e que estamos em apoio de Artsakh e estamos em apoio a todas as heróicas pessoas que lutaram por sua liberdade.”
“Como arrependimento, a Hungria deve reconhecer a independência de Karabakh. Fazendo isto admitiríamos que Budapeste não foi cúmplice da atitude criminosa azeri.” Continuou Arakelyan.
Enquanto a tensão aumenta entre a Armênia e o governo do Azerbaijão e da Hungria, a luta por uma Armênia livre, independente e unida continua.