Na tarde deste sábado, 31 de agosto, o CNA (Conselho Nacional Armênio) divulgou uma declaração na qual comenta os últimos acontecimentos na Síria e declara a sua posição sobre uma possível intervenção estrangeira no país.
Leia a íntegra do comunicado abaixo:
Rechaçamos a intervenção militar estrangeira na Síria
Nas últimas semanas, o mundo testemunhou o horror causado pelo uso de armas químicas contra civis nas proximidades da cidade de Damasco. O uso de armas químicas deve ser enfaticamente rejeitado pela comunidade internacional como um todo, independentemente de qual grupo tenha usado e para que fins.
É imperativo que a Organização das Nações Unidas use todos os meios à sua disposição para continuar a missão exigida pelo Secretário-Geral Ban Ki-Moon para esclarecer a origem do ataque. Deste ataque brutal, alguns países com assento permanente no Conselho de Segurança , especialmente os EUA , expressaram a sua vontade de intervir militarmente na Síria.
Desde o início do conflito entre o governo sírio e vários grupos rebeldes a situação humanitária se torna cada vez mais premente. O Conselho Nacional Armênio da América do Sul entende que o uso da força por uma potência estrangeira não contribui para uma solução real, mas vai aprofundar o sofrimento dos civis. O caso da grande comunidade armênia na Síria, particularmente nas cidades de Damasco e Alepo, é um exemplo das situações já enfrentadas pela população.
O perigo de morte motivada por franco-atiradores, ataques de mísseis, escassez de alimentos e medicamentos são algumas das vicissitudes enfrentadas desde o início do conflito. A este respeito, deve-se notar que alguns grupos radicais aproveitam a oportunidade para atacar com ainda mais violência, especialmente as várias comunidades cristãs no país.
O Conselho Nacional Armênio da América do Sul rejeita a intervenção militar estrangeira como um meio para resolver conflitos, por não oferecer uma solução e, principalmente, porque ajuda a aprofundar a crise humanitária. É por isso que nós lutamos para o uso de todos os recursos diplomáticos e políticos para se alcançar soluções pacíficas.
CONSELHO NACIONAL ARMÊNIO DA AMÉRICA DO SUL