Por Jean Eckian, via Armenews.com
Numa possível retaliação às declarações do primeiro ministro turco Recep Tayyip Erdogan que em declarações recentes condenou o “golpe de Estado” no Egito, reconhecendo o islamita Mohamed Morsi como o único representante legítimo do povo egípcio, Adly Mansour, presidente interino do Egito, publicou ontem, 17 de agosto, na sua conta no Twitter, uma declaração de reconhecimento do genocídio armênio. A declaração deverá ser oficialmente apresentada e assinada pela representação egípcia na Organização das Nações Unidas na próxima segunda-feira.
“Nossos representantes na ONU assinarão o documento internacional que reconhece o genocídio armênio cometido pelo exército turco e que levou à morte de um milhão de pessoas”, indicou na mensagem no Twitter.
A Turquia e o Egito chamaram seus respectivos embaixadores para consultas.
Alguns dias antes, como indicou Appo Jabarian no seu editorial no USA Armenian Life Magazine, Essam Kamel, redator-chefe do mais importante jornal independente egípcio, “Veto”, publicara um editorial enfático condenando a sombra do passado genocidário da Turquia otomana.
Em resposta à correspondência endereçada a Appo Jabarian, Essam Kamel declarou que “a posição que nós adotamos está conforme os princípios mais elementares da humanidade (…) Aquilo que eles (os otomanos) fizeram contra vossos ancestrais é indescritível e vossa luta pelo reconhecimento internacional é honrada e nós compartilhamos vossa luta com todos os meios que estão ao nosso alcance. É uma honra fazê-lo”