Da Redação

Azerbaijão lança ataque em massa à Armênia

Na última terça-feira, dia 13 de Setembro (horário local), o Azerbaijão lançou uma grande ofensiva militar na fronteira com a República da Armênia. A ofensiva azeri aconteceu nas regiões armênias de Syunik, Vayots Dzor e Gegharkunik, tanto a leste como ao oeste do país (via enclave azeri de Nakhchivan). A linha de contato em Artsakh (Nagorno-Karabakh) permaneceu estável durante os ataques.

O Azerbaijão alega que estava respondendo a provocações de sabotadores armênios, que teriam plantado minas em Lachin e Kalbajar, territórios que os armênios passaram para o controle de Baku nas últimas semanas em obediência aos acordos de novembro de 2020. Baku afirma que além das minas, os armênios teriam bombardeado território azeri. Não há evidências que isso tenha acontecido e Yerevan negou qualquer ato de hostilidade.

Drones azeris foram vistos sobrevoando Jermuk, importante destino turístico da Armênia, famoso por suas águas termais minerais. A cidade de Goris, principal da região de Syunik, também foi alvo de disparos de artilharia.

Um cessar-fogo fogo foi anunciado às 9h do mesmo dia. Mesmo assim, o Azerbaijão continuou a atacar e avançar fronteiras armênias.

No dia 14 de setembro, um novo ataque em larga escala do Azerbaijão. No total, até o momento, 105 soldados e quatro civis armênios foram mortos. Baku diz que também sofreu baixas por conta das ‘provocações armênias’. De acordo com a imprensa azeri, nove soldados foram feridos.

Diversas casas e prédios civis foram atacados por artilharia e drones azeris. 2570 armênios foram deslocadas de suas residências próximas a fronteiras para evitar novas tragédias.

O Conselho de Segurança da Armênia, em reunião conduzida por Nikol Pashinyan, pediu ajuda à Rússia, ao Conselho de Segurança da ONU e acionou o CSTO, que irá criar um grupo de trabalho para avaliar a situação na fronteira Armênia-Azerbaijão e desenvolver propostas para diminuir a escala de ataques.

O Primeiro-ministro armênio, Nikol Pashinyan, telefonou para Putin e Macron nas primeiras horas do ataque. Pashinyan também falou por telefone com Anthony Blinken, secretário de Estado norte-americano algumas horas após o ataque. O porta-voz da Secretaria de Estado dos EUA diz que há evidência dos ataques azeris à Armênia. Ainda assim, se recusou a afirmar que Baku iniciou os ataques.

A França anunciou que vai levar o caso para o Conselho de Segurança das Nações Unidas, do qual é a presidente neste momento. O Eliseu apela ao respeito do cessar-fogo e à soberania da República da Armênia por parte de Baku.

Pashinyan declarou à Assembléia Armênia que ˆquer assinar um papel pelo qual será criticado, chamado de traidor e pode até ser removido do poder, mas assegurará a paz na Armêniaˆ, dando a entender que cederá Artsakh ao Azerbaijão. O Primeiro-ministro ainda adicionou que ˆapenas tem interesse no que acontecerá com a República da Armêniaˆ.

Após diversas criticas e pressão da população, Pashinyan disse que foi mal interpretado, e que Artsakh não corre risco.

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