A UEFA anunciou nesta quarta-feira, dia 4 de outubro, que suspendeu um membro do clube azerbaijano Qarabag por conduta racista e discriminatória dirigida aos armênios.
O assessor de imprensa e relações públicas do time, Nurlan Ibrahimov, pediu a morte de “todos os armênios, velhos e jovens, sem distinção”, de acordo com a Federação Armênia de Futebol (FFA).
A postagem no Facebook surgiu em meio aos bombardeios do Azerbaijão à Artsakh (antiga Nagorno-Karabakh).
“Devemos matar todos os armênios. Crianças, mulheres, velhos. Não importa, vocês devem ser mortos. Sem arrependimentos. Sem compaixão”
No sábado, a Federação de Futebol da Armênia pediu que o Qarabag fosse expulso do futebol europeu. O FFA acrescentou que ele também justificou o Genocídio Armênio cometido pela Turquia. Ibrahimov posteriormente excluiu sua postagem, mas os usuários conseguiram salvá-la.
“O responsável do Qarabag FK, Nurlan Ibrahimov, está provisoriamente proibido de exercer qualquer atividade relacionada com o futebol, com efeito imediato, até que o Órgão de Controle, Ética e Disciplina da UEFA decida sobre o mérito do caso”, afirmou o órgão dirigente do futebol europeu.
A UEFA também afirmou que Ibrahimov violou as regras básicas de conduta digna.
O Qarabag foi fundado em 1951 na cidade de Aghdam, localizada em Artsakh e hoje abandonada.
Após a reivindicação da região pela Armênia em 1993, o Qarabag mudou-se para Baku, capital do Azerbaijão, tornou-se o principal clube do país e disputou a fase de grupos da UEFA Champions League em 2017-18. Depois de perder na terceira pré-eliminatória da competição da temporada, o Qarabag caiu para a Liga Europa, onde enfrenta o Sivasspor, da Turquia, na quinta-feira.
No mês passado o clube foi advertido pela UEFA após fazer saudação militar antes de um jogo.