No dia 15 de setembro, em reportagem publicada no jornal “A Folha de São Paulo” e assinada por Claudia Assef sobre a vida noturna da cidade de Baku (clique aqui e veja a matéria na íntegra), capital do Azerbaijão, foi feita uma referência à história do país e em determinado momento houve a menção que os armênios estariam no rol de nações e países que invadiram ou massacraram o supracitado Estado a fim de se apossar de sua riqueza mineral mais preponderante: o petróleo do Mar Cáspio.
Na mesma manhã o CNA- Brasil enviou um e-mail para a redação do jornal em atenção a jornalista Claudia Assef para esclarecer alguns pontos importantes (clique aqui e leia).
Passados alguns dias, em 26 de setembro, a Folha de São Paulo publicou uma errata corrigindo a matéria e esclarecendo que a Armênia jamais invadiu o Azerbaijão no sentido expresso na reportagem (clique aqui e veja).
Na edição de hoje (10/10), utilizando argumentos infundados e acusações mentirosas, o embaixador do Azerbaijão no Brasil, Elnur Sultanov, repudia o jornal A Folha de São Paulo por manter a errata que isenta a Armênia de usurpação do território azeri (clique aqui e veja). A Folha de São Paulo incluiu uma “nota da redação no repúdio do embaixador azeri afirmando que “Os dois países tem um passado histórico marcado por conflitos e disputas territoriais, que divide a opinião de historiadores e cientistas políticos consultados pela Folha”.
Após a publicação do texto do embaixador do Azerbaijão no Brasil carregado de ira, o CNA – Brasil divulgou comunicado sobre a resposta do embaixador azeri (leia abaixo ou clique aqui para o original):
COMUNICADO DO CNA-BRASIL (10/10/2014)
“Mobilização e carta do CNA-Brasil e errata da Folha de São Paulo geram reação destemperada e anacrônica do embaixador azerbaijano em comunicado para o jornal.
Usando argumentos infundados e acusações mentirosas, o embaixador do Azerbaijão no Brasil, Elnur Sultanov, repudia o jornal por manter a errata que isenta a Armênia de usurpação do território azeri.
Sultanov faz acusações contra a Armênia mostrando total desprezo pelas resoluções do Grupo de Minsk, formado por Rússia, EUA e França, único foro legítimo para mediação dos assuntos entre os dois países.
O CNA- Brasil convoca os ativistas, simpatizantes e amigos para continuarem atentos a essa nova investida da diplomacia azerbaijana que tenta, de forma desonesta, plantar nos meios de comunicação do Brasil mentiras a cerca da do conflito de Nagorno Karabagh.
Lembramos que como cidadãos brasileiros, descendentes de armênios, é nossa mobilização que vai garantir a verdade e a paz para Artsakh(Nagorno-Karabagh).”
–
No mês de julho de 2012 este mesmo portal já denunciava as manobras do Azerbaijão na América do Sul, em artigo intitulado: “Ofensiva azerbaijana na América do Sul se estende à Brasília” (clique aqui e leia) no qual encontra-se uma breve análise de alguns dos caminhos pelos quais a diplomacia azeri estava tentando agir.
Em junho de 2013, uma notícia assustou a comunidade armênia do Brasil: a imprensa azerbaijana noticiou que os Deputados Nelson Pelegrino PT – BA e Claudio Cajado DEM – BA, tiveram encontros com representantes do governo azerbaijano, durante a visita da delegação parlamentar brasileira àquele país para participar do II Fórum Mundial sobre Diálogo Intercultural patrocinado pela ONU.
Nesses encontros, ambos os deputados brasileiros assumiram o compromisso de apresentar um requerimento a Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional da Câmara Federal exortando o Brasil a apoiar o Azerbaijão e exigir a retirada das tropas armênias de diversas regiões da República Armênia de Nagorno Karabagh/Artshak (saiba mais sobre o requerimento, clique aqui).
Em agosto de 2013, este mesmo Portal publicou um editorial, intitulado “A ofensiva da diplomacia azerbaijana na América do Sul e no Mundo“, no qual analisa o modus-operandi da diplomacia azeri, passando pelas mentiras de Khojaly e o massacre de armênios em Sumgait (saiba mais, clique aqui).
Ainda em agosto de 2013, o requerimento foi rejeitado pela Comissão de Relações Exteriores da Câmara, única que tem poder sobre o assunto (veja aqui).