(Via Asbarez) O presidente do Azerbaijão Ilham Aliyev, por meio de sua conta na rede social Twitter, postou mensagens ameaçando reiniciar os conflitos com a Armênia e Nagorno-Karabakh.
Na série de mensagens enviadas, Aliyev, cujo país sofreu as maiores baixas durante a última semana ao tentar se infiltrar em Nagorno-Karabakh, disse aos seus seguidores que o Azerbaijão faira de tudo para destruir seu “inimigo.
“Nós recuperaremos todas as cidades ocupadas e destruídas. Nós retornaremos para essa terra, nós vivemos e viveremos com essa ideia”, dise Aliyev, que ainda acrescentou: “Nós recuperaremos nossa soberania. A bandeira do Azerbaião tremulará em todos os territórios ocupados, incluindo Shusha [Shushi] e Khankandi [Stepanakert].”
Os tweets vieram a público apenas alguns dias antes dele e o presidente armênio Serzh Sarkisian agendarem reuniões separadas com o presidente russo Vladimir Putin na cidade de Sochi no intuito de resolverem o conflito em Karabakh.
Em mais de 60 tweets, Aliyev denominou seus “inimigos” como “armênios bárbaros e vândalos e declarou: “A guerra não acabou. Apenas a primeira fase dela. Mas a segunda etapa pode começar.”
O mandatário ainda alegou que os armênios estão em estado de pânico e ameaçarão a existência do que ele chamou de país “fascista”.
“Semana passada, forças de ocupação armênias covardemente atacaram nossas posições na calada da noite”, disse o presidente por meio de seu website, reconhecendo que o Azerbaijão “sofreu baixas, nossos soldados se transformaram em mártires… ao mesmo tempo, o inimigo recebeu a resposta adequada.”
“Hoje, o Azerbaijão pode destruir qualquer instalação em Nagorno-Karabakh”, afirmou ele.
Em setembro de 2013, o presidente do Azerbaijão elogiou o assassino Ramil Safarov tratando-o como um herói nacional, e prometeu “recuperar” territórios do Azerbaijão, dizendo que um dia todo azeri poderá viver em Yerevan, Zangezur e outras áreas que fazem parte da Armênia.
Naquele mesmo mês Aliyev ainda aprovou um documento, cuja intenção era frustrar os planos de abertura do aeroporto de Stepanakert, que permite que o governo do Azerbaijão declare certas áreas como “zonas banidas e zonas limitadas”, bem como também autoriza o governo a abater aeronaves aleatoriamente sob alegação de ameaçar o espaço aéreo azeri.