Por Nairi Zadikian –
Foi renomeada em Yerevan, no último dia 29 de outubro, a Escola número 44, agora em funcionamento com o nome “Hrant Dink”, jornalista armênio assassinado em Istambul em janeiro de 2007 por Ogum Samast, um ultranacionalista turco de 17 anos de idade.
Segundo o noticiário eletrônico Yerkir, de Erevan, o prefeito da capital, Taron Margaryan, esteve presente na renomeação da instituição que também recebeu a viúva do homenageado, Rackel Dink, e diversos eclesiásticos e personalidades importantes. Na ocasião, também foi inaugurada uma placa comemorativa em memória do intelectual.
Hrant Dink foi assassinado logo após a estreia do documentário “Screamers”, em qual é entrevistado sobre a sistemática negação do governo turco do Genocídio Armênio, ocorrido em 1915, o processo contra ele baseado no malfadado artigo 301 do código penal turco.
Desde então, o assassino segue sob custódia, sendo protagonista do escândalo de sua aparição em fotos com a Polícia e Guarda Civil do país sorrindo ovacionando a bandeira turca, que levou a uma série de investigações e afastamento dos oficiais de seus cargos.
Em seu funeral, duzentas mil pessoas em luto protestavam contra o assassinato, entoando frases como “Somos todos armênios”, “Somos todos Hrant Dink”. Os estudantes da então escola número 44, agora nomeada em lembrança a este grande exemplo de luta pela causa armênia, aproveitaram a reinauguração da instituição repetindo homenagem semelhante, como mostram as imagens abaixo: