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Na semana passada, o Tribunal Administrativo da Turquia negou recurso ao Ministério do Interior da Turquia pela condenação e indenização à família do jornalista Armênio-turco Hrant Dink, assassinado em 2007.
Em 27 de outubro de 2010, Ministério do Interior foi condenado pelo Tribunal Administrativo a pagar 100 mil liras por danos a Hosrof e Dink Yervant, dois irmãos de Hrant Dink, devido à negligência no caso, pois o jornalista era constantemente ameaçado de morte.
Apesar da condenação, o Ministério do Interior da Turquia negou na semana passada qualquer responsabilidade no assassinato do jornalista turco-armênio Hrant Dink. O ministério do Interior ainda alegou que a indenização causaria “enriquecimento não justificado”, em um apelo contra a condenação imposta pelo Tribunal Administrativo em 2010.
O Tribunal Administrativo entende que o Ministério do Interior poderia ter impedido o assassinato do jornalista, mas não conseguiu protegê-lo apesar do fato do órgão estar de posse de provas suficientes que comprovavam um complô contra a vida de Dink.
Em contrapartida, o Ministério do Interior pediu a suspensão da condenação, pois alega que o processo deveria ter sido instaurado num tribunal de primeira instância, em vez de um tribunal administrativo.
Hrant Dink era o editor do jornal bilíngüe Agós e também voz conhecida dos armênios e defensor dos direitos humanos das minorias étnicas na Turquia. Ele foi baleado em 19 de janeiro de 2007, em plena luz do dia, quando deixava o seu escritório em Istambul, por Ogün Samast, um jovem turco ultra-nacionalista.