Em abril de 2011, O portal Estação Armênia em conjunto com o Departamento Jovem da SAMA-Clube Armênio realizou a Semana de Rememoração ao Genocídio Armênio. Como parte da programação, o Clube Armênio foi palco do Festival de Filmes Armênios que apresentou várias produções como o documentário Screamers do System of a Down, a Casa das cotovias, Ararat etc.
Durante o festival também foi exibido o documentário IAN, uma produção independente, roteirizado e dirigido por Sirelle Boyadjian, de Fortaleza (CE). O documentário trata de descendentes de armênios que narram histórias do Genocídio praticado pelos turcos-Otomanos durante a I Guerra Mundial, contra o seu povo e suas famílias e revelam uma “Armênia” atual, pouco conhecida.
IAN foi produzido por Sirelle especialmente para compor seu trabalho de conclusão de curso em Publicidade e Propaganda na UNIFOR e agora o vídeo está disponível no Youtube.
Armen Pamboukdjian, editor-chefe do Portal Estação Armênia, entrou em contato com Sirelle para saber um pouco mais sobre todo o processo de produção.
[E.A] – Como surgiu a idéia do documentário?
[Sirelle] – Eu sempre quis estudar e conhecer mais a área de cinema. A oportunidade que encontrei para “meter as caras” foi durante o semestre da minha monografia.” Motivada pela paixão no cinema e o desejo enorme em me autoconhecer em todos os sentidos, principalmente em relação a minha descendência e ao “sentir” sempre tão intenso com tudo, resolvi unir o útil ao agradável e produzir um filme sobre minhas origens e a questão tão polêmica, atual e injusta do Genocídio Armênio.
[E.A] – Como foi e em quanto tempo você produziu o documentário?
[Sirelle] – Li muito, pesquisei, gravei, viajei, conheci várias personalidades especiais e coisas às quais um filme de suporte do tipo, não me proporcionaria. Tudo ficou pronto em um semestre, prazo determinado pela universidade.
[E.A] – Qual foi o resultado que você obteve com o filme?
[Sirelle] – O resultado foi muito bom, exatamente como eu havia imaginado. Os frutos, em relação à proporção tomada começaram a chegar no ano seguinte (2011), quando fui convidada para estrear o documentário em São Paulo, no Clube Armênio para toda comunidade Armênia. Na platéia haviam várias pessoas que participaram como depoentes e me ajudaram no processo do mesmo.
[EA] – E qual foi a sua sensação ao realizar a exibição em São Paulo?
[Sirelle] – A sensação? Indescritível! O número de vezes que eu já havia assistido ao meu próprio filme veio por água abaixo ao presenciar as carinhas de todas aquelas pessoas e seus depoimentos emocionados ao final da exibição, me agradecendo por ter registrado toda uma história de vidas/famílias num documento visual.
[EA] – Pensa em inscrevê-lo (o documentário) em algum festival de cinema?
[Sirelle] – Sim, com certeza! O prazo de vida de um filme desse tipo para se inscrever em Festivais de Cinema é de dois anos, no máximo três. Por isso, só agora a publicação nas redes sociais.
Assista abaixo a íntegra do documentário IAN:
Simplesmente tocante. Meus parabéns a Sirelle.