O presidente do Parlamento uruguaio Sr. Jorge Orrico viajou para Artsakh (Nagorno Karabakh) e se reuniu com o presidente Bako Sahakian e outros altos funcionários do governo, segundo informações da agência de notícias Armenpress.
Orrico foi recebido em Stepanakert (Capital de Artsakh) por uma grande multidão já que é o primeiro representate de um alto escalão governamental estrangeiro a visitar Artsakh. Antes dele somente os representantes do Grupo de Minsk (Comissão multinacional que trata do conflito em Karabak
Orrico estava acompanhado em sua delegação pelo líder parlamentar da Federação Revolucionária Armênia- Tahsnagtsutiun, da Armênia, Vahan Hovannesian. Orrico está em visita oficial à Armênia, a convite do Porta voz do Parlamento da Arménia Hovik Abrahamyan. O político uruguaio visitou Dzidzernagapert (memorial das vítimas do Genocídio Armênio em Yerevan) e teve reuniões com funcionários de vários ministérios.
O Uruguai foi o primeiro país a reconhecer o Genocidio armênio em 1965.
Em setembro de 2011, em um anúncio sem precedentes o ministro das Relações Exteriores do Uruguai, Luis Almagro, disse que seu governo começou o processo para fazer um anúncio oficial a respeito do status de Nagorno-Karabakh, como noticiou o Asbarez, seguido do Portal Estação Armênia.
“Hoje nós estamos olhando para a questão [Nagorno-Karabakh], a fim de apresentar uma posição oficial do governo sobre o assunto”, disse Almagro na época. “Estou pessoalmente convencido de que Nagorno-Karabakh é parte da Armênia e deve ser independente e, em pouco tempo ser unificada com a Arménia. Esta é a única solução para a questão Artsakh“, declarou Almagro em uma importante reunião promovida pelo Comite de amizade Parlamentar Uruguai Armenia e pelo CNA (Conselho Nacional Armênio) do Uruguai.
O deputado Vahan Hovannesian, que estava em Montevidéu, no momento do anúncio de Almagro, saudou a declaração chamando-o sem precedentes. “Pela primeira vez, um país progressista e democrático como o Uruguai expressa oficialmente uma posição que reflete a postura das forças políticas do país“, disse Hovannesian em 2011, que enfatizou que o processo vai demorar algum tempo. “Estou honrado em representar o meu país, que foi o primeiro a reconhecer o genocídio armênio“, disse Orrico, discursando na sessão de terça-feira da Assembleia Nacional Armênio.
“Nós somos os netos daqueles uruguaios, que abriram seus corações em 1915 para aceitar os povos perseguidos. Temos a honra de ser os primeiros a aceitar o genocídio armênio por lei. Foi o que aconteceu em 22 de abril de 1965. Eu gostaria de salientar que temos um museu genocídio armênio em nosso país e todos os anos em 24 de abril realizamos eventos comemorativos na Câmara dos Deputados. Somos um pedaço da Armênia na América do Sul“, disse Orrico.