A Letônia reconheceu oficialmente e condenou o genocídio armênio. A Saeima (Parlamento) votou por 58 a 11 com 7 abstenções para adotar a declaração segundo o embaixador da Armênia na Letônia, Tigran Mkrtchyan.
Em 24 de abril o ano passado, duas forças do parlamento letão, membras da coalizão governante, fizeram declarações condenando o Genocídio Armênio, os Novos Conservadores e a Aliança para o Desenvolvimento. Por iniciativa dessas forças o processo de reconhecimento do genocídio teve início em fevereiro de 2021, a partir do qual uma resolução-declaração foi apresentada em 23 de abril.
Enfatizando que a Letônia condena todos os crimes contra a humanidade, a declaração observa que o país vê como um dever reconhecer e lembrar esses crimes, a fim de prevenir sua recorrência.
Reconhecendo que um grande número de armênios foi deportado para outras partes do império como resultado das ações das autoridades otomanas, que resultaram em muitas baixas causadas por fome, atrocidades e massacres, os legisladores condenam os crimes, massacres e deportações forçadas cometidas pelas autoridades otomanas contra o povo armênio.
A declaração respeita a memória de todas as vítimas do Genocídio Armênio, presta homenagem a todos os sobreviventes, afirma que as discussões abertas sobre questões históricas estão inextricavelmente ligadas ao desenvolvimento de uma democracia saudável e madura.
A Saeima apela à comunidade internacional para “avaliar estes eventos históricos, olhar para o futuro que queremos construir, sem violência, intolerância, um futuro onde os direitos humanos sejam respeitados, onde todos possam ser livres, seguros e protegidos”.