O primeiro-ministro da Armênia, Nikol Pashinyan, anunciou em sua página oficial no Facebook no último 18 de março que se encontrou com o líder parlamentar do partido de oposição Armênia Próspera, Gagik Tsarukyan, e ambos acordaram com eleições antecipadas que serão realizadas em 20 de junho.
O Primeiro Ministro têm enfrentado uma crise interna nos últimos meses. Desde que assinou o acordo para o fim da guerra de Artsakh, Pashinyan foi alvo de diversos protestos que pediam sua renúncia, liderados pela oposição e por cidadãos insatisfeitos com os termos do acordo.
“Há alguns minutos aconteceu a minha reunião com o chefe do partido “Armênia Próspera”, Gagik Tsarukyan.
Durante a reunião concordamos que a melhor saída da situação política interna são eleições parlamentares antecipadas.
Considerando as discussões com o presidente da República da Armênia, com o partido “Meu Passo” e o chefe da partido “Armênia Brilhante”, Edmon Marukyan, no dia 20 de Junho deste ano serão realizadas eleições parlamentares especiais na República da Armênia.”
Até que as eleições sejam realizadas, o cargo de Primeiro Ministro continuará a ser ocupado por Pashinyan.
Parte da oposição se mostrou insatisfeita com a decisão. Segundo ex-Primeiro Ministro Vazgen Manukyan, as eleições não podem ser realizadas se Pashinyan continuar no poder até junho. Manukyan foi apresentado como uma alternativa ao atual Primeiro Ministro em dezembro do ano passado pelo Movimento de Salvação da Pátria, ele declarou que não irá concorrer nestas eleições.
Uma pesquisa de intenção de voto do Instituto Republicano Internacional (IRI) realizada em fevereiro sugeriu que o partido de Pashinyan era de longe o mais popular, sendo a opção de 33% dos entrevistados. Seguido pelo Armênia Próspera com 3%, Robert Kocharyan com 2% e outros partidos com apenas 1% ou menos da intenção de voto.
No entanto, O cenário real da eleição ainda é de grande incerteza, já que 42% responderam que não votariam em nenhum partido, enquanto 14% responderam ‘não sei’ ou se recusaram a responder.
De acordo com o atual código eleitoral da Armênia, os partidos devem receber ao menos 5% dos votos para entrar no parlamento, ou 7% para os blocos. O voto não é obrigatório no país.