São Paulo, Brasil, 16:00 horas. Chuva Torrencial na cidade.
Enquanto isso na Praça Califórnia, sede do consulado turco, começam os preparativos para mais uma manifestação de protesto contra o negacionismo do Genocídio Armênio.
Por volta das 17:00 horas uma centena de manifestantes já se concentravam na porta do consulado exigindo justiça para com o povo armênio.
As 17:30 horas já eram mais de uma centena de manifestantes. Bandeiras, faixas, cartazes e as músicas de protesto já dominavam as ruas em volta.
O Presidente do Comitê Tro do Tashnagtsutiun de São Paulo, Onnig Tamdjian deu início ao ato central convocando todos a se manter em luta pela causa do reconhecimento do genocídio perpetrado contra o povo armênio, que mesmo 102 anos depois continua viva e conta com a participação decisiva das novas gerações.
Ele convidou o Bispo Primaz da Igreja Apostólica Armênia do Brasil, Bispo Nareg Berberian, para endereçar sua mensagem aos presentes.
Com tradução simultânea da engerouhy Vartine Bohjalian Kalaydjian, o Bispo deixou claro a todos os presentes que aquele ato “honrava a memória dos 1,5 milhão de heróis martirizados a partir de 1915“. Continuou e ressaltou que “a presença dos jovens é um alento para a alma dos injustiçados e que esta luta deve continuar para que a Armênia e seu povo possam viver em paz.“
O ato prosseguiu com o acendimento de luminosos e as vozes de protesto dos jovens.
O diretor da CAO – Comunidade Armênia de Osasco, Cesar Sarkis Guludjian endereçou uma mensagem aos diplomatas turcos recitando os versos de “Destruam a Armênia”, composto pelo poeta William Saroyan.
No prosseguimento do ato, o ativista Armen Pamboukdjian leu o manifesto exigindo justiça para os armênios. O texto intitulado “A verdade, nada mais” exorta o governo turco a permitir que seu povo reconcilie-se com seu passado.
Antes de entrar na fase final do protesto, uma comissão foi até a porta do Consulado da Turquia entregar a carta de protesto endereçada ao governo da Turquia, em Ankara, e como sempre não foram recebidos.
A diretora do Hamazkayn Brasil, Vartine Bohjalian Kalaydjian convocou o Grupo de Danças Típicas Armênias “Kilikia” para o encerramento da manifestação com a dança Kochari, símbolo de unidade do povo armênio e a prova de que o plano dos genocidas falhou.
A jovem ativista Anais Zadikian explicou o espírito da dança e convocou todos a tomarem a rua a fim de mostrarem a história, a cultura e a arte do povo armênio, que seguem vivas em todas as partes do planeta.
O ato foi encerrado com o entoar dos hinos armênio e brasileiro.