Esta semana, estudantes armênios da California State University Northridge (CSUN) forçaram o encerramento de uma palestra sobre Mustafa Kemal Ataturk. Há evidências históricas de que Ataturk deu continuidade à politica genocida da Turquia após o Genocídio Armênio, iniciado em 1915.
O evento tinha como objetivo tirar a impressão de crise vivida pela Turquia e que vem enfrentando protestos de toda a opinião pública.
Numa espécie de flashmob, cerca de 25 corajosos ativistas de origem armênia se levantaram e deram as costas ao palestrante. Com frases de ordem como “Turkey is guilty of genocide” (a Turquia é culpada pelo genocídio) e “Genocide denialist” (negacionista do genocídio), a ação dos ativistas constrangeu o palestrante e os organizadores, que deram fim ao evento em seguida.
A palestra faz parte de uma série eventos ao redor da região sul da Califórnia (SoCal), intitulada de “Ataturk Week”, e que acontece de 09 a 13 de novembro.
A AYF (Armenian Youth Federation) divulgou o seguinte comunicado: “Nossa presença nesses eventos é para enviar uma clara mensagem à comunidade turca de que a universidade não é uma incubadora de negacionistas. Usar os campus universitários para espalhar a ideologia nacionalista turca é ofensivo aos estudantes armênios e não-armênios dessas instituições.”
O presidente da Turquia, Erdogan vem aumentando a repressão após a suposta tentativa de golpe de estado naquele país. Na semana passada o governo turco anunciou o bloqueio do whatsapp e do twitter, de acordo com a agência de notícias Reuters.
A ação repressiva do governo de Recep Tayyip Erdogan aconteceu um dia após a prisão de Demirtas Selahattin e Figen Yuksekdag, além de outros 11 membros do Partido Democrático dos Povos (HDP, na sigla em turco, representante dos curdos e outras minorias) e do aumento dos rumores de que o presidente turco tenta articular a prisão dos outros 59 parlamentares do HDP, entre eles Garo paylan, de origem armênia.
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