A celebridade mundial Kim Kardashian publicou uma página inteira no ‘New York Times’ para criticar o ‘Wall Street Journal‘ por divulgar anúncio pago por uma plataforma turca que nega que tenha existido o Genocídio Armênio, povo do qual Kim tem ascendência.
A posição política de Kim não espanta aos armênios e não é a primeira vez que ela usa toda sua influência para falar sobre o povo armênio e o genocídio cometido pelos turcos contra os armênios em 1915.
Desta vez Kim publicou (imagem abaixo), no passado fim de semana, uma página no The New York Times intitulada “A negação do genocídio não pode ser permitida” (veja abaixo).
Kim’s epic post where she called out Armenian Genocide denial was printed by the NYtimes!!! Proud @KimKardashian 💛✊🏼 pic.twitter.com/PrarlgPKdA
— FELIPE (@MolestMeKardash) September 18, 2016
Na missiva, a estrela de televisão critica abertamente o Wall Street Journal (WST) por ter publicado em abril passado um anúncio de uma plataforma que nega o massacre que, entre 1915 e 1923, vitimou – estima-se – 1,5 milhões de armênios, mortos pelo Império Otomano.
“Quando soube desse anúncio de página inteira publicado no WST negando o genocídio armênio, não consegui desvalorizar”. Kim escreve que o anúncio foi alegadamente pago pela Turkic Platform, uma organização não-governamental de “união de todos os turcos e movimentos turcos espalhados pelo mundo” e que o texto “diz que não morreram tantas pessoas quantas dizem os historiadores e que a culpa foi dos armênios”.
A esposa do rapper Kanye West, que visitou o país de origem dos seus antepassados em abril de 2015, por ocasião das cerimônias do centenário do genocídio, classifica a publicação do anúncio de “imponderada, perturbadora e perigosa”. “Uma coisa é um tabloide qualquer lucrar com um escândalo inventado, mas uma publicação de confiança lucrar com um genocídio é vergonhoso e inaceitável”.
O anúncio do WSJ (imagem abaixo), publicado no dia 20 de abril, é mantido por um site chamado Fact Check Armenia. Nessa plataforma, tenta-se espalhar a informação errônea de que “os rebeldes armênios que levaram a cabo o massacre de turcos, incluindo mulheres e crianças” e nega também o número de mortes armênias, bem como a própria definição do termo genocídio.
Full-page ad in today’s @WSJ denying the Armenian genocide pic.twitter.com/LjBGjCo80l
— Gary Bass (@Gary__Bass) April 20, 2016
Na época do anúncio, um responsável do prestigiado jornal de economia explicou a decisão de publicar a página: “aceitamos uma grande variedade de anúncios, incluindo os que expressam pontos de vista provocadores”.
Kim questiona ainda se o WST teria publicado um anúncio negando o Holocausto ou com uma teoria da conspiração em torno do 11 de Setembro. “Quando negamos o nosso passado, colocamos em perigo o nosso futuro”.
Nos Estados Unidos, 45 estados reconhecem o Genocídio Armênio, mas não existe uma posição a nível nacional sobre o tema. Obama usou o tema prometendo o reconhecimento aos armênios dos EUA quando ainda era um senador buscando o cargo de presidente. Já são 8 anos de negação de Barak Obama. A nível internacional, existem 28 países que reconhecem o massacre como genocídio.
As President, I Will Recognize The Armenian… por geldingweak