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Novo presidente da Câmara, Rodrigo Maia apoiou Azerbaijão contra a Armênia na “Guerra dos 4 dias em abril”

Conexão Baku chega a presidência da Câmara dos Deputados

Em 2012 enquanto o tema da Pré-Sal gerava uma discussão intensa no Brasil todo, o governo do Azerbaijão, um país petrolífero e ligado aos petrodólares das transnacionais globalizadas, abria sua embaixada em Brasília.

Em fevereiro de 2013, durante a Conferência de Segurança de Munique o Ministro dos Negócios Estrangeiros do Azerbaijão, Elmar Mammadyarov,  manteve encontro com então Ministro das Relações Exteriores do Brasil, Antônio Patriota. Era o início do aprofundamento das relações entre os dois países que desde os anos de 1990 eram exclusivamente protocolares e comerciais.

Em 2013 a Embaixada do Azerbaijão, iniciou um trabalho ostensivo no congresso brasileiro para ampliar as relações comerciais e políticas com o Brasil. O partido escolhido para trabalhar para o governo de Baku foi o Democratas mais conhecido como DEM.

Desde então as trocas bilaterais multiplicaram 5 vezes e semanas depois da formação do grupo de amizade interparlamentar Brasil – Azerbaijão, formado majoritariamente pelos parlamentares brasileiros do DEM, o governo do Azerbaijão formaliza a compra de uma série de aviões da EMBRAER em um negócio de mais de U$ 300 milhões.

Até ai nenhuma novidade e nenhum problema. Comércio bilateral e relações internacionais são o ambiente normal da diplomacia.

Ocorre que meses depois parlamentares brasileiros são convidados a conhecer Baku, capital do Azerbaijão e participar de uma infinidade de congressos e reuniões bancadas pela cleptocracia de Ilham Aliyev, ditador do país.

Logo os interesses dos azerbaijanos ficavam claros e se mostravam para além do que tinha se visto até então. Uma ofensiva azerbaijana na América do Sul estava em curso, principlmente no Brasil, como denunciou o Estação Armênia em editorial publicado em agosto de 2013 (releia).

Deputados brasileiros como Nelson Pelegrino – PT / BA e Claudio Cajado – DEM / BA apresentam moções na comissão de relações exteriores da Câmara Federal para que o Brasil assuma a defesa da ditadura Aliyev e passe a pressionar a Armênia visando roubar as terras armênias de Nagorno Karabakh (relembre aqui).

Cabe lembrar que a Embaixada Armênia em Brasília e o CNA-Brasil em São Paulo fizeram todos os esforços para evitar essa situação naquele período contando com apoio dos então deputados paulistas Arnaldo Jardim e Walter Feldman que ponderaram sobre a amizade que o Brasil mantinha também com a Armênia.

Mas a carga política azerbaijana continuou e continua.

Cesar Maia, vereador do Rio de Janeiro, Claudio Cajado, Deputado Federal e Rodrigo Maia também Deputado Federal fizeram declarações infundadas sobre o conflito de Karabakh.

Em uma clara posição parcializada e demonstrando total desconhecimento do assunto eles lançaram nas redes sociais acusações contra a Armênia e Nagorno Karabakh durante a primeira semana de abril quando o governo azerbaijano lançou uma violenta e covarde ofensiva contra a linha de fronteira de Karabakh.

Atendendo ao chamado do Portal Estação Armênia os ativistas da comunidade fizeram uma enorme campanha de esclarecimento nos blogs dos referidos deputados a ponto de retirarem os post de apoio ao Azerbaijão.

Ontem Rodrigo Maia, DEM / RJ foi eleito presidente tampão da Câmara dos Deputados na grave crise política que vive o Brasil. Ele vai ocupar o posto até janeiro de 2017.

Ontem, 14 de julho um dos primeiros encontros de Rodrigo Maia foi com o atual Ministro interino das Relações Exteriores, Jose Serra, notório apoiador da Causa Armênia.

O leitor que imagine e tire suas conclusões.

 

 

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