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Congressista Frank Pallone Jr. defende Artsakh e a Armênia em evento dos 101 anos do Genocídio

O deputado Frank Pallone Jr. (6º distrito de Nova Jersey), falou sobre os recentes ataques do Azerbaijão contra Arstakh (Nagorno-Karabakh), em um evento organizado pela ONG “The Knights and Daughters of Vartan”, na Times Square, em Nova York, no dia 24 de abril passado e comentou sobre a semelhança com as atrocidades cometidas durante o Genocídio Armênio em 1915.

Pallone ressaltou que tão importante quanto exigir o reconhecimento do Genocídio Armênio pelo Governo dos Estados Unidos é a exigência por parte da comunidade de que o Governo pare de dar assistência militar ao Azerbaijão, já que ele pode, nas palavras do deputado, “teoricamente usar essa assistência contra à Armênia”.

O deputado ainda comparou os recentes acontecimentos em Artsakh ao genocídio, ressaltando que armênios foram decapitados e mutilados pelas forças azerbaijanas, igual à 1915, e ainda ressaltou que quer Aliyev e sua liderança na mesa de paz para negociar um acordo, através de um plebiscito em que Artsakh seja reconhecida como parte da Armênia ou uma República independente de armênios.

Assista ao vídeo legendado em português:

Confira a fala na íntegra do conteúdo reproduzido no vídeo:

“Eu quero apresentar o fundador do Congressional Caucus on Armenian Issues, congressista Frank Pallone, que coordenou os esforços dessa coalizão bipartidária diversificada para ajudar a alcançar maiores laços entre Estados Unidos e Armênia. Durante o último quarto de século, Pallone patrocinou e apoiou todo pedaço de legislação com importância à comunidade armenia-americana seja focada para o reconhecimento do genocídio ou relacionada à Armênia. Recentemente o congressista Pallone condenou vigorosamente a nova onda de ataques em grande escala pelo Azerbaijão contra Karabakh e incitou a administração Obama e o grupo OSCE Minsk para exigir uma prestação de contas por parte do Azerbaijão, que é extremamente afortunado em ter o mais rápido apoio de um representante tão distinto, ele é meu deputado, ele vive do outro lado rua da minha Igreja e eu adoraria dar boas vindas à ele ao pódio hoje.”

“Obrigada Armen e obrigada ao “The Knights and Daughters of Vartan, mais uma vez por uma bela celebração.

É bom ver tantas pessoas aqui hoje, para mim parece que tem tantas pessoas quanto no ano passado, no aniversário de 100 anos, tem tantos de vocês.

Eu quero agradecer ao Senador Menendez, pelo o que ele disse, mas acima de tudo, pelo fato de como presidente do Comitê de Relações Exteriores, ele foi capaz de fazer com que a Resolução do Reconhecimento do Genocídio saísse do Comitê, como ele disse, ele está determinado e eu também, da mesma forma, na Casa, que nós veremos essa resolução passar, eu gostaria de dizer que o Comitê da Casa tivesse passado a resolução mas não passou, mas o ponto principal é que continuaremos a lutar até existir o reconhecimento pelo Governo dos Estados Unidos, quase todo grande País no mundo reconheceu o Genocídio Armênio, quase todo estado nos Estados Unidos reconheceu o Genocídio Armênio, então já é tempo do Congresso americano fazer o mesmo. E eu quero agradecer a todos vocês pelos seus esforços contínuos, ao lobby, e enviado as cartas e e-mails para todos nós, exigindo que a Resolução do Genocídio passe.

Mas eu quero dizer hoje, que em muitos aspectos, estar aqui hoje é tão importante como era estar aqui no ano passado para o aniversário de 100 anos, porque o que aconteceu em Nagorno-Karabakh, em Artsakh, nas últimas semanas, o fato de que o presidente Aliyev estava em Washington se reunindo com nossos líderes americanos e pelo que nós entendemos, literalmente no avião de volta, deu a ordem para um rápido, organizado e premeditado ataque em Artsakh, na minha opinião diz muito sobre o fato de que enquanto não reconhecermos o Genocídio Armênio, nós damos uma certa credibilidade, a despeito de não ser nossa intenção, de deixar Aliyev acreditar que ele pode atacar e que não haverá nenhuma consequência. Então hoje, eu estou muito preocupado sobre o que aconteceu em Nagorno-Karabakh, não foi só um ataque organizado, mas foi um ataque que conduziu, como vocês sabem, à atrocidades, nós tivemos armênios sendo decapitados, nos tivemos eles sendo mutilados, isso parece muito com o Genocídio?

Não vamos nos esquecer que o Genocídio de 1915, antes de 1915 e depois de 1915, em Baku e em tantos outros casos, nós vimos continuações dos “programas”, que eram exatamente como o Genocídio. Então é muito importante para nós e eu falo em favor do “Armenian Caucus”, ambos democratas e republicanos no nosso “Armenian Caucus”, nós estamos determinados e nós queremos mostrar ao nosso Governo, que nós precisamos mandar uma mensagem para Aliyev e sua liderança no Azerbaijão, de que isso não pode continuar, que nós não vamos ficar pra trás, nós queremos que Aliyev e o Azerbaijão venham à mesa de paz, nós queremos ver um acordo negociado, que tenha Artsakh, através de seu próprio plebiscito, como parte da Armênia ou como uma república independente de armênios e também é muito importante que no Congresso, cortemos a assistência militar ao Azerbaijão, como podemos continuar dando assistência militar ao Azerbaijão, quando eles podem, teoricamente, usar isso contra à Armênia? 

Tem muitas coisas acontecendo agora que me lembram do que aconteceu em 1915 e é muito importante que você, nas suas atividades, não exija apenas o reconhecimento do Genocídio Armênio na resolução, mas também exija do nosso Governo um passo acima e reconheça o que está acontecendo e a agressão, a retórica, que está tomando conta em nome da liderança do Azerbaijão contra a Armênia, porque se nos não fizermos, nós podemos ver uma guerra que irá continuar por meses ou anos com uma tremenda quantidade de vidas perdidas, então eu tenho medo pelo que está acontecendo agora e eu só quero que vocês saibam que o que vocês estão fazendo aqui hoje, importa por causa do reconhecimento do Genocídio, mas também é importante que vocês mostrem que nossos membros da diáspora armênia, que vocês acreditam fortemente na força da República da Armênia e na República de Artsakh e que vocês querem que nós, como país e seus representantes, fiquem fortes para ajuda-los e estar ao seu lado. Artsakh é Armênia e nós devemos exigir que isso seja entendido. Muito obrigado!”.

Sobre o autor

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Colaboradora. Carioca da gema que viveu em Curitiba desde criança e agora é cidadã do mundo. É advogada, profissional humanitária aficcionada por Direitos Humanos e defensora de minorias. O coração e o sangue sempre falam mais alto no que diz respeito à Armênia.
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