No comunicado, o vereador reconhece a República de Nagorno-Karabakh e lembrou que o Brasil e a cidade de São Paulo somam mais de 100.000 descendentes de armênios que estão apreensivos com a iminência do reacendimento da guerra.
Ele também reforçou sua intenção de aproximar São Paulo e Stepanakert, capital de Karabakh, para honrar a presença armênia no Brasil e fortalecer os laços culturais (leia o original na imagem ao lado).
O vereador Natalini foi o grande responsável pela Sessão Solene na Câmara Municipal de São Paulo em homenagem ao Centenário do Genocídio Armênio de 1915 no ano passado e que vai ser repetida por sua iniciativa mais uma vez este ano (clique aqui e relembre).
Políticos brasileiros saem em defesa do Azerbaijão em Karabakh:
O apoio do vereador Natalini aos armênios vem um dia após o também vereador Cesar Maia (RJ) declarar oficialmente seu apoio ao ataque do Azerbaijão contra os armênios. No mesmo dia, o deputado Rodrigo Maia – também carioca e filho de Cesar- utilizou sua página no Facebook para compartilhar a posição de seu pai, que por sua vez havia sido publicada originalmente na página do Facebook da Embaixada do Azerbaijão no Brasil (veja a imagem abaixo).
Contra-Ataque da Comunidade Armênia do Brasil:
Em contrapartida, membros da Comunidade Armênia do Brasil se mobilizaram na internet contra a absurda posição dos dois políticos e fizeram uma campanha de repúdio com comentários na postagem do deputado Eduardo Maia. Entretanto, nesta sexta-feira (08), a publicação já não estava mais disponível e provavelmente foi apagada da página do político.
Ressaltamos que em 2014 os deputados Claudio Cajado e e Nelson Pelegrino tentaram introduzir requerimento na Comissão de Relações Exteriores da Câmara Federal uma lei em favor do Azerbaijão, instando a Armênia a retirar suas tropa de Artsakh (Nagorno-Karabakh), algo que nunca aconteceu, pois os armênios de Karabakh tem seu próprio exército (relembre aqui).
Já é hora dos petrodolares sujos de sangue financiarem times de futebol, políticos e artistas ao redor do mundo. Quem é conivente com esses países, sem buscar entender melhor a história, também é conivente no crime cometido por tais estados.