(Via Diario ARMENIA de Buenos Aires).- Ao entardecer de 5 de abril, a comunidade armênia da Argentina se uniu para levar seu protesto até a Embaixada do Azerbaijão, localizada no bairro de Belgrano e Buenos Aires. Mais de mil pessoas compareceram para marchar pedindo paz para Artsakh (Nagorno-Karabakh).
A mais do que nutrida coluna foi encabeçada por ninguém menos do que o arcebispo primaz monsenhor Kissag Mouradian, acompanhado do archimandrita Maghakia Amyrian e todo o cléro armênio, como várias vezes ocorreu na história Armênia.
Ao lado dos eclesiáticos também marcharam altos diretores das instituições e entidades comunitárias, bem como dirigentes e docentes das escolas armênias locais e integrantes de corais, grupos de escoteiros e jovens de todas as organizações, além de um grande número de compatriotas simpatizantes.
Como é habitual, os manifestantes estavam protegidos por um alto número de policiais e oficiais, haja a vista o ódio que é nutrido pelos povos turcos (como azeris e turcos) contra os armênios.
Após o “Pai Nosso” entoado pelo monsenhor Mouradian, junto aos presentes, Guillermo Ferraioli Karamanian fez a leitura de um caloroso discurso: “Sabíamos que este dia podia chegar. Sabíamos que os canhões que cessaram o fogo em 1994 nunca haviam esfriado. Sabíamos que o plano de limpeza étnica dos armênios nunca foi guardado numa gaveta”, com essas palavras Guillermo iniciou seu discurso em nome da comunidade armênia da Argentina.
“Estamos aqui para exigir o reconhecimento do direito de auto-determinação do povo de Artsakh (Nagorno-Karabakh) e o fim dos delitos contra a humanidade cometidos pelo Azerbaijão. ”, continuou Karamanian. “Viemos exigir que Alyiev e Erdogan sejam levado a um Tribunal Internacional para que ajustem suas contas dos crimes contra a humanidade que as tropas azeris, apoiadas por instrutores turcos, começaram a cometer dias atrás”, finalizou o jovem.
Representantes da comunidade com o monsenhor a frente avançaram em direção a sede diplomática para entregar uma nota de repudio assinada pelos armênios da Argentina. Também foi entregue uma nota assinada por todas as instituições da coletividade armênia local.