Via CNA Brasil
O Conselho Nacional Armênio da América do Sul condena veementemente esta nova agressão feita pelo Azerbaijão e que viola os acordos de cessar-fogo assinado pelas partes em 1994, e repudia o espírito beligerante da liderança política e militar deste país, ao contrário do processo de paz em curso liderado pelo Grupo de Minsk da OSCE.
Ao mesmo tempo, reafirmamos a nossa convicção de que até que haja uma condenação unânime e firme da comunidade internacional contra esses ataques, os esforços tendentes a alcançar uma solução pacífica para a disputa sobre Nagorno Karabakh estão em sério risco.
A fim de reduzir a tensão entre as partes e evitar a perda de vida, em 2010, o Secretário Geral da ONU, Ban Ki-moon apoiou a proposta dos mediadores da OSCE para retirar atiradores a partir das posições das fronteiras. Armênia e Nagorno Karabakh manifestaram o seu acordo com a proposta em várias ocasiões, enquanto o Azerbaijão não só opôs a isso, mas em 2011 promoveu a criação de uma escola para formação de franco-atiradores.
No mesmo sentido, intensificar a tensão fronteiriça nas vésperas de reuniões entre os negociadores tem sido uma tática constante de liderança política e militar do Azerbaijão, demonstrando um desprezo profundo pela vida humana e uma atitude contrária ao estabelecimento da a paz e a estabilidade na região.
Nas últimas semanas o vice-ministro de Assuntos Exteriores do Uruguai, Embaixador José Luis Cancela e o secretário de Relações Exteriores da Argentina Eduardo Zuain estiveram em Baku, capital do Azerbaijão. O CNA da América do Sul lamenta profundamente que as reuniões realizadas por diplomatas comprometidos com a paz e respeito ao direito internacional, como o Uruguai e Argentina, não tiveram o menor efeito sobre o clima beligerante e xenófobo do governo do Azerbaijão, que já ceifou três novas vidas inocentes de cidadãos armênios.
Finalmente, fazemos um apelo aos países co-presidentes do Grupo de Minsk (Estados Unidos, França e Rússia) para implementar um controlo eficaz das posições de fronteira que iria garantir o cumprimento do acordo de cessar-fogo e de estabelecer as responsabilidades do caso contra futuros ataques.