Informativo ARMÊNIA 2015
Ano XIV – nº 18
Janeiro/Fevereiro de 2015
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(1915 – 2015)
A HORA É AGORA
Lembrar e reivindicar: a hora é agora.
Ao longo dos 100 anos, em decorrência do Genocídio Armênio, irromperam emigrações para todas as partes do mundo, dos remanescentes que sobreviveram na dispersão. As lutas nunca cessaram. As consequências perduraram. Os culpados continuam culpando as vítimas. Negam. Silenciam. Invertem a História. É hora de clamarmos em uníssono, agora que os armênios, como nação, estamos rememorando o Centenário. Exigir o reconhecimento por parte dos que tentaram nos aniquilar é condição “sine qua non” para que o genocídio não prossiga. Expressão do que reivindicamos está na recente Declaração Pan-Armênia para o Centenário do Genocídio que foi promulgada pelo Presidente da Armênia, Serzh Sarkissian, em 19 de janeiro passado. Comitês em todos os países da Diáspora estão trabalhando, juntamente com a Pátria-Mãe, através de eventos de conscientização, para conquistarmos nossos direitos, por Justiça, em memória às vidas sacrificadas de nossos antepassados.
Nesta edição, o leitor encontrará notícias, imagens e textos alusivos ao centésimo ano dos fatos que tanto marcaram nossa História e nossas vidas.
Boa leitura!
Sossi Amiralian
COMBATE AO TERRORISMO COMO PREVENÇÃO AO GENOCÍDIO
O Ministro das Relações Exteriores da Armênia, Edward Nalbandian, proferiu relevante discurso em Genebra, na SAS Group, em 2 de março, durante o Debate sobre o “Apoio aos direitos dos cristãos no Oriente Médio”, em que declara que “o combate aos grupos terroristas deve ser parte da prevenção ao genocídio”. Relembra as atrocidades do passado contra os cristãos nessas regiões, onde hoje grupos terroristas continuam a barbárie contra minorias da Síria e Iraque, por fanatismo religioso e étnico, em pleno mundo civilizado. Urge combatê-los, por meio de esforços unificados.
“A comunidade internacional deve exercer o máximo de esforços para assegurar que esta região, que antes costumava ser um lugar de coexistência de diferentes etnias e religiões, possa ser novamente uma terra onde muçulmanos, judeus, cristãos e outras confissões consigam viver em paz e harmonia. A proteção aos grupos religiosos e étnicos deve ser o enfoque dos trabalhos do Conselho de Direitos Humanos. Neste sentido, o compromisso com a prevenção do genocídio deve ser reforçado e a Armênia continuará a dar sua contribuição a esta nobre Causa.”
(Síntese e tradução da reportagem publicada pela News.am,
“Armenia FM: Combating terrorist groups should be part of Genocide prevention”, de 3/03/2015, por Sossi Amiralian)
Clique aqui para o texto original em inglês.
RESOLUÇÃO DO PPE CONDENA GENOCÍDIO
O Partido Popular do Parlamento Europeu, em assembleia do dia 3 de março, em Bruxelas, com a presença da delegação armênia, representada por diferentes partidos, aprovou uma resolução, condenando o genocídio armênio e apelando à Turquia para reconhecê-lo, neste ano do Centenário.
A resolução sublinha a evidência incontestável documentada nos arquivos de vários estados ocidentais, incluindo a Alemanha, o Reino Unido, os Estados Unidos e a França, de que “o genocídio armênio foi perpetrado pelo Governo dos Jovens Turcos nos anos finais do Império Otomano”. A resolução critica também a destruição de monumentos culturais armênios na Turquia. O PPE apela à Turquia a “encarar a história e, finalmente, reconhecer a realidade sempre presente do Genocídio armênio.”
(Síntese e tradução da reportagem em Asbarez, de 03/03/2015, por Sossi Amiralian).
Clique aqui para o texto completo da Resolução, no original em inglês.
N.B. – Observe-se que o teor deste documento apresenta pontos em comum com alguns aspectos da Declaração Pan-Armênia para o Reconhecimento do Genocídio [clique aqui para ler a declaração em português].