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Turcos comemoram Genocídio Armênio: “100 anos que nosso país foi limpo de armênios”

Com informações de Prensa Armenia (Buenos Aires).

O ano de 2015 marca o centenário do genocídio praticado contra o povo armênio, perpetrado pelo Império Otomano (atual Turquia).

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Em em meio aos preparativos para rememorar os cem anos deste crime ainda impune, armênios de diferentes cidades da Turquia tem que conviver com o medo de uma crescente e efervescente onda de racismo contra os armênios. Prova disso são bandeiras que foram dispostas em vários lugares “comemorando” o centenário do genocídio armênio recentemente.

Segundo informou a jornalista Nanore Barsoumian, do jornal semanal Armenian Weekly, há alguns dias bandeiras surgiram pelas ruas da Turquia contendo dizeres como: “nós comemoramos 100 anos que nosso país foi limpo de armênios” e “Estamos orgulhosos dos nossos antepassados ​​gloriosos“.

De acordo com o que pode ser observado nos cartazes, há uma imagem que poderia ser caracterizada como dos”Lobos Cinzentos”, uma organização extremista responsável pela perseguição de minorias, especialmente os armênios.

O incidente se passa no contexto de vários protestos que acontecem por toda Turquia e no Azerbaijão no que o governo azeri chama de “Genocídio de Khojaly”. Alguns anos atrás, o presidente do Azerbaijão, Ilham Aliev, iniciou uma campanha mentirosa para tentar incriminar a Armênia por ter realizado um suposto genocídio contra os azerbaijanos durante a guerra em Nagorno Karabagh 1992.

“O governo do Azerbaijão gasta uma grande quantidade de recursos para apresentar uma versão distorcida da verdade, apesar das denuncias de evidências de falsidade e fontes que indicam que algo assim não aconteceu em 1992″, assinalou o Conselho Nacional Armênio da região.

Nas marchas na Turquia vários slogans racistas contra os armênios foram relatados, enquanto alguns gritavam o nome de Ogun Samast, o jovem que assassinou o jornalista armênio Hrant Dink, em 2007, na porta de seu diário, o Agós.

A Associação dos Direitos Humanos da Turquia emitiu uma declaração condenando o protesto, considerando-o um “pretexto para incitar o ódio étnico contra os armênios na Turquia” às vésperas dos cem anos do comprovado Genocídio Armênio.

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