No último dia 26 de junho, o jornalista Reynaldo Sietecase recebeu a distinção Hrant Dink de jornalismo argentino oferecido pelo Conselho Nacional Armênio da América do Sul (CNA).
“Quando eles (CNA) anunciaram que iriam dar esta distinção Fiquei surpreso com o que significa e pela história de Hrant Dink. Primeiro eu pensei que era uma honra receber. É uma honra, mas uma responsabilidade. Uma enorme responsabilidade que me dão. É um peso que eu espero levar com dignidade“, disse Sietecase ao receber o prêmio. “Eu tenho muitas coisas que me ligam à causa armênia. Qualquer pessoa que está comprometida com os direitos humanos, ela tem que estar do lado do povo armênio“, acrescentou.
“Este prêmio é para aqueles jornalistas que o Conselho Nacional Armênio considera que em sua trajetória têm sido defensores dos direitos humanos e da liberdade de expressão“, explicou Ariel Quaglia, membro do CNA, sobre a distinção que leva o nome de Hrant Dink, um jornalista de origem armênia assassinado em 2007, na porta de seu jornal, o diário Agos em Istambul, no qual denunciava a discriminação de distintas minorias que habitam a Turquia e a sistemática negação do Genocídio Armênio por parte do Estado turco.
Assista abaixo:
“Hoje nos deparamos com um Estado turco herdeiro dessa violência, na qual se traduz em políticas de repressão, além de encarceramento de elementos que questionam a história da política oficial da Turquia“, expressou Quaglia em seu discurso de abertura, para logo recordar das políticas do Azerbaijão, que conta com um “governo que manifesta todos os dias o seu ódio contra os armênios do mundo todo, em uma escala beligerante que parece não ter fim“.
Quaglia também disse que “a melhor homenagem que se pode dar a um jornalista e militante como foi Hrant Dink é reconhecer e homenagear a outros que, em outros tempos e espaços, exercem um jornalismo comprometido com a verdade e que aponta para a construção de uma sociedade mais justa e igualitária para todos.”
O ato contou com a presença de personalidade como o Dr. Ricardo Alfonsín, Miguel Bazze (deputados nacionais), Virginia González Gass (legisladora Portenha) , Jonathan Thea (representante da Seamos libres), Claudio Altamirano (Coordenador do Programa Educación y Memoria) Ana Boyadjian (representando a deputada nacional Graciela Boyadjian), além das mães da Plaza de Mayo, Avós da Plaza de Mayo, Analía Argento do diario El Cronista, a Assembleia Permanente pelos Direitos Humanos, Memória e Justiça Almagro, a Fundación Luisa Hairabedian, Juan Carlos Zabalza (INADI), Pedro Mouratian (legislador de Buenos Aires), Pablo Ferreyra, a colectividad armenia de Rosario, a Cátedra Armênia da Universidad Nacional de Rosario e o embaixador armenio na Argentina, Vahagn Melikian.
O prêmio, que se outorga desde o ano de 2011, já foi recebido por Osvaldo Bayer, Fernando Bravo, Telma Luzzani, Juan Sasturain, María O´Donnell, Martín Granovsky, Alfredo Leuco, Olga Cosentino, Juan Bedoian, Mariano Saravia, Ariel Crespo, Pedro Brieger, Cristian Sirouyan, Ricardo Roa, Claudio Fantini, Eduardo Aliverti, Andrés Repetto, José María Pasquini Durán , Fabián Bosoer, Román Lejtman, Marcelo Cantelmi, Víctor Hugo Morales, Liliana Lopez Foresi, José Ricardo Eliaschev, Enrique Vázquez e Jorge Elías.