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Depoimento sobre os 121 anos da Federação Revolucionária Armênia – Tashnagtsutiun

É dispensável citar que poucas organizações chegam aos 121 anos, seja em qualquer campo de atividades da sociedade. Atingir tanto tempo de atividade com vigor então, é um fato raríssimo.

Pois esse é o caso da Federação Revolucionária Armênia – Ho. Hi. Ta, sigla em Armênio que designa o Hay Heghapoghagan Tashnagtsutiun.

Desde as primeiras reuniões em Tiflis na Geórgia, Kristapor, Rosdom e Zavarian sabiam que o ideal mais justo era se manter ao lado do povo armênio e dos seus anseios de liberdade. Foi sempre assim! Nos momentos mais cruciais da história contemporânea armênia o Tashnagtsutiun esteve sempre presente!

O fato de lutar pela liberdade incomodou muito e muitos durante décadas. Os incomodados com a práxis revolucionária do Tashnagtsutiun faziam da subserviência e do comodismo justificado por falsas premissas intelectuais, alicerces ocos para criticar a força mobilizadora da Federação.

Na diáspora, a força do Gussaksutiun (partido) se transformou graças a seus militantes, em uma onda ideológica de forte participação popular. O compromisso de seus integrantes e o apoio de simpatizantes sempre colocaram o partido em lugar de destaque na vida do povo armênio.

A Federação Revolucionária se distingue por fazer história. Sua força e ação é capaz de mudar os rumos dos acontecimentos. E de tudo isso vem o ser e se sentir Tashnagtsagan.

Ser Tashnagtsagan transcende o estrito senso de ser um militante de um partido. Ser Tashnagtsagan é saber de onde viemos e para onde queremos ir. É convicção na justiça. É a opção pelos que precisam. É sentimento de pertencimento puro a um movimento político carregado de energia positiva.

Ser Tashnagtsagan é fazer parte de uma família que chora, ri, acolhe e em conjunto luta. Ser Tashnagtsagan é cantar com alma revolucionária, a mesma que moveu e emocionou nossos avós! Ser Tashnagtsagan é servir!

O Ho.Hi.Ta e seus membros sabem que os caminhos da realidade não são bordados em tecidos macios, mas sim nas pedras das trincheiras, sejam em Beirute ou em Artshak.

Desde o momento em que o Tashnagtsutiun voltou para a Armênia o partido vem trilhando um longo caminho onde não faltaram perseguições, prisões e censura. Mesmo assim a bandeira da entidade está lá. Hoje seus deputados conformam uma das maiores bancadas do parlamento do país e lutam contra a corrupção e os desmandos da oligarquia que capturou o aparelho estatal armênio.

Estamos diante de novos desafios e nem por isso o Tashnagtsutiun mudou. A empolgação que atinge gerações e contagia os jovens está viva. A mística está viva. O Tashnagtsutiun está sempre pronto!

Tenho muito orgulho de ser um membro do Ho.Hi.Ta (trô gomidê de SP). Se alguém ainda não conhece ou não sabe da dimensão da Federação Revolucionária Armênia nos procure. Venha participar de algo que transcende fronteiras e formalismos. E se alguém dúvida do poder dessa bandeira observe com que força e sentimento se tratam os temas mais candentes da nossa realidade como Artshakh e o reconhecimento do genocídio. E se ainda isso não for suficiente, espere a história andar e verá que são os jovens do Tashnagtsutiun os motores da mudança. É isso que é o Tashnagtsutiun, um jovem de 121 anos.

Se quiser ouvir o Podcast do Programa Armênia viva de domingo, 11 de dezembro, especial sobre os 121 anos da FRA, clique aqui.

Sobre o autor

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Jornalista de formação, é editor-chefe do site Estação Armênia.
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