Via Panorama –
O grupo armênio de hackers “Ananun” publicou em seu website (“Vs.ananun.am”) uma nova remessa de correspondências de jornalistas do Azerbaijão que estão engajados numa campanha de falsificações anti-armênias. Desta vez, o alvo foi Bahram Batiev, jornalista da agência de notícias “Vesti.az”, cujo trabalho como correspondente das questões armênias foi tornado público e vem sendo amplamente discutido na rede.
Um dos pontos mais conhecidos é a cooperação entre representantes da comunidade azeri de Israel, que se apresentam na mídia como especialistas independentes e neutros. Por exemplo, as mensagens de Avigdor Eskin oferecendo serviços para o lado azeri, bem como subsequentes relatórios para cobranças, foram postados na rede.
É também notório que, nesses contatos, os especialistas Arie Gut, Lev Spivak e Michael Agaronov admitem abertamente que são representantes da diáspora azeri em Israel: “A mais alta avaliação do trabalho da nossa diáspora está refletido no artigo de Akbar Hasanov, famoso jornalista azeri.”
Entretanto, Peter Lucksimson, o editor-chefe do jornal israelense “News of the Week”, repreendeu os falsificadores azeri por distorcerem sua entrevista sobre os “perigos do lobby armênio”.
A correspondência do famoso anti-armênio Guram Markhuliya, que pede para ser chamado de Aliyev, é também interessante. Ele expressa o desejo de aprender o idioma azeri “para fazer algo de bom para seus irmãos” e também faz alusão à dura condição financeira.
A correspondência com Georgi Vanyan, o organizador do mal-sucedido festival de cinema azeri na Armênia, também pode ser encontrada na rede. Bahram Batiev e Rizvan Huseynov prometeram a Vanyan que compareceriam ao seu evento na Geórgia.
O especialista Oleg Kuznetsov sugeriu seus serviços “por manifestar a disposição do lado do Azerbaijão”. Batiev rejeitou seus conselhos ao encobrir o custo dos serviços. No fim, ele demonstrou sua satisfação no “grato público” de suas entrevistas anti-armênias que aconteceram na agência de notícias Vesti.az.
Outro ponto interessante é a cooperação entre a fonte ucraniana “Hvilya” com propagandistas azeris; reclamações anônimas de um professor da região de Krasnodar ao seu colega armênio Varvara Markarian, por exemplo, ou o testemunho do militar aposentado Stanislav Razdobreev, para quem a entrevista foi “corrigida”, e então completamente removida do “Vesti.az.”. É notório que em sua correspondência pessoal, o militar russo “deu” a Batiev questões inconvenientes do jornalista armênio e reconheceu que mentiu para os armênios. Finalmente, a proposta do ator Joseph Harry pode ser percebida ao sentar a sós com Bahram em Tbilisi e beber uma dose de conhaque armênio.