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Erdogan pode enfrentar prisão na Suécia por processo de “genocídio”

Via Independent

A queixa é a primeira do país a ser apresentada ao chefe de Estado, que pode ser preso, se perseguido pelo Ministério Público

Cinco deputados ajuizaram a ação judicial com o Ministério Público da Suécia pelo papel do Sr. Erdogan no conflito sangrento entre forças turcas e militantes curdos REUTERS

Legisladores suecos apresentaram uma queixa contra o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, acusando-o de genocídio, crimes contra a humanidade e crimes de guerra.

Cinco deputados ajuizaram a ação com o Ministério Público da Suécia pelo papel do Sr. Erdogan no conflito sangrento entre forças turcas e militantes curdos desde 2015.

A denúncia é a primeira na Suécia a ser apresentada contra um chefe de Estado, e também nomeia vários outros ministros turcos, incluindo o primeiro-ministro do país, Binali Yildirim. Se for dada continuidade, poderá haver um mandado de prisão emitido contra o Sr. Erdogan.

“Nós somos cinco legisladores que entregamos uma queixa … (solicitando) punição por genocídio, crimes contra a humanidade e crimes de guerra”, disse a deputada de esquerda, Annika Lillemets, em entrevista coletiva em Estocolmo.

A denúncia vem depois que uma lei de 2014 foi aprovada para permitir que os tribunais do país presidam qualquer caso envolvendo crimes contra a humanidade, independentemente de onde o crime foi cometido.

“Qualquer um que, a fim de destruir total ou parcialmente um grupo nacional ou étnico … é culpado de genocídio”, a legislação prevê.

O procurador da Suécia decidirá se deve iniciar uma investigação da denúncia. Se decidir processar as reivindicações, o Sr. Erdogan poderia enfrentar um mandado de prisão na Suécia.

O membro do Partido Verde, Carl Schlyter, disse que espera que outros países europeus considerem tomar medidas semelhantes.

“Se (Erdogan) é impedido de percorrer a Europa e influenciar os países europeus da maneira que quiser, espero que isso afete suas políticas”, afirmou.

Sobre o autor

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Colaboradora. Carioca da gema que viveu em Curitiba desde criança e agora é cidadã do mundo. É advogada, profissional humanitária aficcionada por Direitos Humanos e defensora de minorias. O coração e o sangue sempre falam mais alto no que diz respeito à Armênia.
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