Via Diario ARMENIA – No último sábado, 31 de agosto, se apresentou oficialmente a empresa estatal turca Turkish Airlines como patrocinador do River Plate, um dos mais tradicionais times do futebol argentino. A cerimônia aconteceu no Estadio Monumental com a presença do presidente do River Rodolfo D’Onofrio, o presidente da Turkish Airlines İlker Aycı, o embaixador da Turquia Şefik Vural Altay e o treinador Marcelo Gallardo.
A presença do embaixador turco não deixa dúvidas quanto à necessidade da campanha de denúncia realizada pela comunidade armênia local sobre os interesses escusos do governo turco por trás do patrocínio. A IARA (Instituições Armênia da República da Argentina) repudiaram o interesse do time na época e alertaram para que ‘a camisa do River não fosse usada para esconder outro genocídio’, em alusão ao povo curdo, uma das grandes pedras do sapato do governo turco.
A presença do Embaixador foi um dos pontos importantes da apresentação: ele entrou no campo de jogo e tirou fotos com as autoridades. Estranhamente A imprensa oficial do clube omitiu o nome do Embaixador.
Şefik Vural Altay é um dos diplomatas mais polêmicos que a Turquia enviou a Argentina. Em 23 de maio, o Diario ARMENIA divulgou a notícia de que Altay havia enviado uma carta contra o chefe administrativo de San Carlos de Bariloche por haver participado do ato de rememoração do Genocídio Armênio, em 24 de abril passado. O Embaixador turco negou explicitamente o Genocídio Armênio ao afirmar que “a perspectiva historica armênia leva em consideração unicamente o sofrimentos dos armênios de forma seletiva, distorce os fatos e os apresenta como genocídio”.
Em junho, o Diario ARMENIA também informou que, segundo fontes diretas da Legislatura Portenha, Vural Altay havia pressionado pessoalmente e por carta a altos funcionários do organismo que haviam declarado interesse na mostra “De un 24 a otro 24” organizada pelo Colegio Armenio Jrimian e pelo Consejo Nacional Armenio no Espacio de Memoria y Derechos Humanos (exESMA). Meses atrás, Vural Altay havia tentado frear a autorização da utilização de um prédio da Fundación Memoria del Genocidio Armenio para a criação de um museu por parte da Legislatura Portenha. Nos bastidores, os funcionários nacionais qualikficam o embaixador como uma pessoa violenta e prepotente.