Com informações News.am, Panarmenian, Aljazeera, ArmRadio, Rferl, Arka.am
Após duas tentativas frustradas de eleger um novo Primeiro Ministro, após a renúncia de Nikol Pashinyan no último dia 16, o Parlamento Armênio foi dissolvido, como previsto na legislação. A dissolução acarreta em eleições antecipadas, previstas para dezembro, e faz parte de uma estratégia planejada por Pashinyan para conseguir maioria no Parlamento.
Sob a Constituição Armênia mais recente, as eleições antecipadas só podem ser convocadas se o primeiro-ministro renunciar e o parlamento não conseguir substituí-lo por outra pessoa dentro de duas semanas.
Pashinyan e seus partidários querem uma votação antecipada porque o atual Parlamento da Armênia é dominado pelo partido que apoiou seu antecessor e tem bloqueado algumas de suas iniciativas. Seu partido teve vitória esmagadora em eleições recentes para prefeito da capital, Yerevan.
O jornalista de 43 anos assumiu o cargo em maio, depois de liderar semanas de protestos contra escândalos de corrupção que forçaram a renúncia do líder de longa data Serzh Sargsyan. Até então, a aliança Yelk pró-Pashinyana tinha apenas 9 dos 105 assentos do parlamento.
O partido republicano, do ex-presidente e primeiro ministro Serzh Sargsyan e atual oposição do governo, detinha 50 cadeiras no parlamento e, recentemente, foi decisivo em bloquear novas emendas no código eleitoral propostas pelo atual governo.
Ironicamente, Nikol Pashinyan foi o único candidato nas duas votações, dia 23 de outubro e 1º de novembro. Dos 70 legisladores registrados para a sessão parlamentar desta quinta, “ninguém votou em Pashinyan, ninguém votou contra ele, enquanto 13 se abstiveram de votar”, disse o presidente do parlamento, Ara Babloyan, após a votação.
Como resultado, a candidatura de Pashinyan não conseguiu votos suficientes, abrindo caminho para a dissolução da Assembléia Nacional.
Os partidos políticos ou alianças devem se registrar até 25 dias antes da votação – até 14 de novembro. As listas de candidatos devem então ser submetidas por partidos políticos ou alianças entre 14 e 19 de novembro, antes do início da campanha eleitoral, no dia 26 de novembro.
A eleição está marcada para o próximo dia 9 de dezembro.