Tradução: Maria Carolina Chaves Indjaian
WASHINGTON – Presidente dos Estados Unidos Barack Obama teve uma conversa por telefone com o Presidente Russo Vladimir Putin, no dia 6 de julho. Um dos tópicos discutidos durante a conversa foi o encontro trilateral de Putin no dia 20 de junho com o Presidente da Armênia, Serzh Sargsyan e o Presidente do Azerbaijão, Ilham Aliyev.
De acordo com o comunicado de imprensa liberado pela Casa Branca, o Presidente Obama transmitiu a sua “prontidão para intensificar esforços” junto com a Rússia e a França, como co-membros da Organização pela Segurança e Cooperação na Europa Grupo Minsk (OSCE), a fim de alcançar um acordo compreensivo no conflito de Nagorno-Karabakh (Artsakh).
Durante o seu encontro, os dois também discutiram a situação na Ucrânia e o contínuo conflito na Síria. Obama e Putin também confirmaram seu compromisso em derrotar o ISIS e a Frente Al-Nusrah.
Em 20 de junho, Sargsyan, Aliyev e Putin tiveram um acordo trilateral no Palácio Constantino em São Petersburgo.
“Na sequência das consultas, os Presidentes da Rússia, Armênia e Azerbaijão adotaram uma declaração conjunta reafirmando o seu compromisso em normalizar a situação na linha de contato e darem a sua aprovação para um aumento no número de observadores da OSCE na zona de conflito. A declaração conjunta também expressou o comprometimento das partes em colocar em prática condições necessárias pra um progresso constante nas negociações sobre uma solução política para o conflito”, dizia o comunicado divulgado pelo escritório de imprensa do Presidente russo.
Em 21 de junho, o membro do Escritório da Federação Revolucionária Armênia (ARF) e diretor do seu escritório Hai Tahd, Giro Manoyan disse que a declaração conjunta divulgada por Sargsyan, Aliyev e Putin depois do seu encontro em 20 de junho levantou algumas preocupações para a ARF. “Nós (ARF) estamos preocupados que uma vez que as negociações sérias para resolver o conflito comecem, a pressão do lado Armênio – de Nagorno-Karabakh – aumentem”, Manoyan disse aos repórteres.
De acordo com Manoyan, a ARF está preocupada que visando satisfazer o Azerbaijão, os co-membros do Grupo Minsk (OSCE) talvez comecem a desenvolver um acordo compreensivo sem levar em consideração todos os princípios para uma paz definitiva e duradoura. “Isso tratá algumas consequências” ele disse.