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Formula 1: Bandeira vermelha sob os Direitos no Azerbaijão

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Uma visão geral mostra a Casa do Governo de Baku (E) e Marriott Absheron Baku Hotel, Baku, Azerbaijão, 16 de junho de 2016.

Via Human Rights Watch

Tradução: Maria Carolina Chaves Indjaian


Formula 1: Bandeira vermelha sob os Direitos no Azerbaijão

Fórmula 1 promete que o Grand Pix da Europa neste final de semana será “uma corrida como nenhuma outra”. Enquanto a pista de corrida pode fazer história pela sua velocidade e duração, o evento é importante por muitas outras razões sinistras.

Pelo segundo verão consecutivo, o Azerbaijão está hospedando um evento esportivo global contra o pano de fundo de uma repressão maciça contra seus próprios cidadãos. Enquanto isso, as federações desportivas que concedem os eventos e em parceria com o governo recusaram-se a agitar a bandeira vermelha no atropelo dos direitos humanos fundamentais de Baku. Parece como um déjà vu ao último verão dos jogos europeus.

Desde 2014, o governo do Azerbaijão prendeu e processou dezenas de jornalistas, advogados e ativistas políticos em acusações forjadas para impedi-los de fazer seu trabalho legítimo de reportar e distribuir informação de interesse público ou representar interesses legais e políticos de outros. Embora o número de indivíduos visados nesta campanha, incluindo a jornalista investigativa Khadija Ismayilova, foram libertados nos últimos meses, muitos outros permanecem na prisão e as detenções continuam. Alguns desses liberados enfrentam restrições em seu trabalho, incluindo proibições de viagens e neste ambiente de refrigeração também é razoável temer repercussões para o ativismo futuro.

A Fórmula 1 afirma publicamente que “está empenhada em respeitar internacionalmente os reconhecidos direitos humanos nas suas operações globalmente” a organização Human Rights Watch e a Sports for Right coalition reuniram-se com a Fórmula 1 e apelaram para ela agir significativamente nessa promessa.

Mas na véspera da corrida, o chefe da Fórmula 1, Bernie Ecclestone incrivelmente afirmou que o grupo tem “100 por cento” de clara consciência sobre os direitos humanos no Azerbaijão.

Para viver de acordo com seus princípios declarados e evitar ser manchada por associação com uma repressão feia, a liderança da Fórmula 1 precisa encontrar sua voz sobre direitos humanos antes da bandeira quadriculada de domingo deixar as vítimas repressão do Azerbaijão na poeira.

Sobre o autor

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Colaboradora. Carioca da gema que viveu em Curitiba desde criança e agora é cidadã do mundo. É advogada, profissional humanitária aficcionada por Direitos Humanos e defensora de minorias. O coração e o sangue sempre falam mais alto no que diz respeito à Armênia.
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