De acordo com os comunicados divulgados ao longo do dia, o Azerbaijão foi punido severamente pelas forças armênias e por isso se viu obrigado a recuar, mas sem cessar os ataques.
Na tarde desta terça-feira (05), apesar do fim das hostilidades anunciada na noite anterior por parte do Azerbaijão (unilateralmente), o lado armênio continuou a sofrer ataques brutais por meio de artilharia pesada, como no caso dos foguetes “Smerch”.
O lado armênio divulgou vídeo provando que o Azerbaijão abriu fogo contra regiões habitadas por civis em Karabakh.
Ainda segundo o Ministério da Defesa de Nagorno-Karabakh, as posições armênias perdidas para o Azerbaijão na segunda-feira (04) foram todas retomadas e as perdas enumeradas. Segundo o boletim divulgado, o Azerbaijão contabiliza baixas de mais de 300 soldados (mortos), 24 tanques destruídos e mais 5 outros veículos, além de 2 helicópteros e 12 drones.
Em contrapartida, o lado armênio contabiliza a perda de 59 soldados (29 mortos e 28 desaparecidos), além de 101 feridos e 14 tanques destruídos desde o dia 2 de abril, data que os ataques azerbaijanos ganharam intensidade.
Também nesta terça-feira, após o contra-ataque Armênio, o Azerbaijão aceitou uma trégua parcial oferecida pelo grupo de MINSK da OSCE. O lado armênio também aceitou os termos da trégua, mas afirma que o Azerbaijão continua atirando em posições armênias.
Por outro lado, a moral das tropas armênias está elevada, enquanto no Azerbaijão a tensão política cresce com a baixa do preço do petróleo, além da divulgação de que a família Alyiev também aparece no caso Panama Papers que investiga contas e valores de ricos e poderosos em paraísos fiscais.
Os armênios lutam pelo princípio da autodeterminação dos povos, direito garantido pela ONU, enquanto os azerbaijanos lutam por um presidente corrupto, belicista e completamente descontrolado.
Um encontro entre o presidente da Armênia Serzh Sargsyan e os representantes do grupo da Organização para Segurança e Cooperação na Europa (OSCE – que media o conflito desde 1994) ficou marcado para sexta-feira, dia 09 de abril, em Yerevan, capital da Armênia. Tal encontro poderá decidir o futuro do conflito.
A terça-feira, dia 5 de abril, também foi marcada por protestos de armênios nas sedes das Embaixadas do Azerbaijão em Paris (França), Los Angeles (EUA) e Buenos Aires (Argentina) para pedir o fim dos covardes ataques contra os armênios na República Montanhosa do Alto Karabakh.
Na Áustria, um grupo de armênios também se reuniu em frente à sede da OSCE na capital Viena exigindo um posicionamento firme da entidade contra o as agressões do AzerbaijãoAzerbaijão.
Até o momento do fechamento desta matéria não havia nenhuma informação de fim de atividades militares na linha de contato.