O presidente armênio Serzh Sarkisian está participando da 21ª edição da Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas (COP-21), que começou nesta segunda, dia 30 de Novembro, em Paris.
A COP-21 substituirá o Protocolo de Kyoto de 1997 e tem adesão quase universal. O objetivo final de ambos os tratados é estabilizar as concentrações de gases que provocam o efeito de estufa na atmosfera a um nível que impeça a interferência humana prejudicial ao sistema climático.
A conferência conta com a presença de chefes de Estado e do Governo de 150 países e mais milhares de representantes. No início da sessão de abertura, as delegações fizeram um minuto de silêncio em homenagem às vítimas dos ataques de 13 de novembro em Paris.
Em sua declaração de abertura, o presidente da França, François Hollande, o ministro dos Negócios Estrangeiros francês Laurent Fabius, o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, o príncipe Charles da Grã-Bretanha e outros oradores sublinharam a importância da conferência para o futuro do planeta e lembraram que pessoas de todo o mundo estão olhando para Paris a espera de uma solução no combate às alterações climáticas.
Em sua declaração, o Presidente Sarkisian expressou sua gratidão a Hollande pela organização da conferência e hospitalidade a despeito dos ataques terroristas que chocaram a França e o mundo.
“A posição nacional armênia foi refletida no “Plano de Ações Nacionais”, aprovado pelo nosso governo. Ele é construído sobre os seguintes princípios:
Em primeiro lugar, as emissões globais de gases de efeito estufa deve ser limitada no limiar, que irá manter o aumento da temperatura abaixo de dois graus Celsius.
Em segundo lugar, vamos adotar uma abordagem diferenciada, que levará em conta o grau variável da responsabilidade atual e histórica dos vários países.
Em terceiro lugar, a responsabilidade e partilha de encargos para limitar as emissões de gases de efeito estufa devem ser distribuídos tendo em conta os direitos das gerações contemporâneas e futuras de utilizar os recursos do clima.
E, finalmente, em quarto lugar, não fazer nada que possa resultar em regressão dos países em desenvolvimento”.
“A Armênia está disposta a assumir um compromisso de limitar quantitativamente o aumento das emissões de gases de efeito estufa”, disse Sarkisian.
Sarkisian terminou o seu discurso observando que a ameaça da mudança climática, bem como outras ameaças globais contemporâneas, não conhece fronteiras nacionais, o direito internacional, ou quaisquer normas civilizacionais. De acordo com Sarkisian, o desafio que um país pode enfrentar no moderno mundo interdependente e globalizado é, em um sentido coletivo, um desafio para todos.
“Portanto, as soluções devem ser abrangentes, acordadas, e coordenadas”, disse Sarkisian. Ele ainda complementou ao dizer que é importante para os líderes mundiais avaliem bases da convivência global e refinem as ferramentas à sua disposição. De acordo com Sarkisian, a resposta conjunta aos desafios das alterações climáticas, caso seja bem sucedida, pode tornar-se um precedente para novos tipos de empreendimentos globais.