Ícone do site Estação Armênia

USP sediará I Simpósio de Estudos Armênios

11156130_797388953677845_7033518963542923293_n

A Cadeira de Armênio da Universidade de São Paulo (USP) sempre esteve presente nas rememorações sobre o Genocídio Armênio. Em 2005, realizou-se um ciclo de palestras alusivas aos 90 anos do trágico evento histórico. Em 2010, a universidade sediou um importante simpósio internacional com especialistas do mundo tudo.

Agora em 2015, no centenário do genocídio armênio, a USP vai sediar relevantes atividades sobre aquele que foi um dos primeiros genocídios do século XX no próximo dia 23 de abril, das 08:00 às 11:40.

FFLCH – USP
23/04/2015 – 08:00 h
Av. Prof. Lineu Prestes, 338 Cidade Universitária – São Paulo, SP
Auditório do Departamento de História

Entrevista:
O Portal Estação Armênia esteve com o Sarkis Ampar Sarkissian, professor do curso de extensão de Arte e Cultura Armênia e pesquisador da área, que nos contou um pouco mais sobre o evento.

Qual a origem do I Encontro Nacional de Pesquisadores do Grupo Armênios: Genocídio, Imigração e Memória?

O evento é fruto de um trabalho iniciado no seminário 2010, realizado pela Cadeira de Armênio em parceria com o Laboratório de Estudos sobre Etnicidade, Racismo e Discriminação (LEER) sob coordenação da Prof. Dra. Maria Luiza Tucci Carneiro. A professora Tucci trouxe a ideia de se criar um grupo de pesquisa dentro do LEER que estimulasse e reunisse pesquisadores na temática central do Genocídio Armênio. A iniciativa contou com o empenho fundamental do Curso de Armênio pelo trabalho de coordenação da Profa. Dra. Lusine Yeghiazaryan e orientação da Profa. Dra. Deize Crespim Pereira, para que essa meta fosse concretizada. Em 2013, iniciaram-se as primeiras conversas entre o LEER e o Curso de Armênio, estabelecendo os pesquisadores e objetivos do grupo, que viu a necessidade de estudar o genocídio não apenas por si, mas por suas consequências também e então o a imigração armênia no Brasil foi adicionada como linha de pesquisa. No entanto, só no ano seguinte, em 2014, que se estabeleceu oficialmente no CNPq o grupo de pesquisa Armênios: Genocídio, Imigração e Memória e hoje estamos organizando o primeiro evento nacional do grupo, uma grande realização.

Basicamente, qual o objetivo do evento?

O objetivo principal do encontro é não só divulgar, mas acima de tudo estimular a pesquisa sobre o genocídio, imigração e memória dos armênios pela ótica brasileira. Atualmente nos deparamos com sérias dificuldades de encontrar fontes para pesquisa do tema e é justamente essa uma das metas do grupo: buscar fontes que enriqueçam essa ligação dos armênios com o Brasil.

Quais serão os desdobramentos desse encontro?

Espera-se criar uma grande base de dados de documentos, periódicos, fotografias e depoimentos orais, além de outros meios,reunindo materiais sobre os armênios encontrados na própria comunidade armênia como também em arquivos públicos que foram e serão utilizados em pesquisas. Esse acervo será essencial para reafirmar a importância da comunidade no Brasil e sobretudo trazer à luz o fato da imigração armênia, que, como consequência direta do genocídio, está relacionada à própria história do Brasil e assim afirmar o compromisso brasileiro no reconhecimento do genocído por meio de sua própria história.

Qual vai ser o formato do evento?

Serão apresentados 13 trabalhos que tratam tanto do genocídio e negacionismo como também da imigração, identidade e memória analisados por pesquisadores das mais diversas áreas desde o enfoque histórico ao psicológico, por exemplo. No final será exibido o documentário Screamers da banda System of a Down. O grupo conta hoje com 15 pesquisadores, muitos que já concluíram suas pesquisas e até continuam seus trabalhos em uma nova como ainda há muitos com pesquisas em andamento. Esse vínculo estabelece uma importante e essencial troca intelectual com toda a universidade. A maioria é composta por alunos de graduação mas o grupo conta com doutores, mestres e especialistas de diversas áreas de estudos.

 

Sair da versão mobile