por Asbarez
Enquanto pediam suas bebidas na manhã desta quarta-feira, dia 18, muitos clientes da Starbucks ficaram chocados ao ver cartazes retratando mulheres vestindo trajes tradicionais armênios sob a lua crescente e estrela turcas.
Após questionado pelo jornal Asbarez, um porta-voz disse que a Starbucks já começou a retirada dos cartazes ofensivos e pediu desculpas por perturbar seus clientes.
“Servir como um lugar para a comunidade se conectar é fundamental para o nosso negócio e nos esforçamos para ser localmente relevante em todas as nossas lojas. Perdemos essa marca aqui e pedimos desculpas por perturbar os nossos clientes e a comunidade. Removemos esta arte em nossa loja Mulholland & Calabasas em Woodland Hills e estamos trabalhando para consertar isso”, disse um porta-voz da Starbucks ao Asbarez por e-mail. O porta-voz disse que a empresa estava “fiscalizando para garantir que esta imagem não esteja em quaisquer outros locais da Starbucks.”
A Starbucks não fez comentários sobre o que levou a empresa a exibir os cartazes.
A rápida resposta a esta questão também pode ser atribuída a uma onda de protestos em mídias sociais de armênios que foram insultados com a surpresa do que parecia ser falta de sensibilidade da Starbucks, uma empresa que se orgulha de justiça social e as questões sociais. O Comitê Nacional Armênio da América – Região Oeste lançou imediatamente uma campanha nas redes sociais instigando seguidores para documentar locais aonde viras as imagens e usassem a hashtag #BoycottStarbucks para chamar a atenção da Starbucks.
A Starbucks começou a enfrentar um debate quando posts furiosos começaram a circular no Facebook e no Twitter, alguns pedindo um boicote da maior varejista de café do mundo. Este foi mais um sinal de ativismos coletivos por parte da comunidade armênia.
Ao abordar a questão com a Starbucks, o Asbarez apontou para muitas ações do governo turco que estavam em forte contraste com as normas de ética da empresa.
“Por que a Starbucks promove um país que no ano passado foi considerado como o maior carcereiro de jornalistas; desligou o Twitter e YouTube em sua campanha para oprimir a liberdade de expressão; prendeu manifestantes que pediam reforma; cujo presidente pediu a legislação para categorizar as mulheres como cidadãs de segunda classe; e continua a negar o Genocídio Armênio, que matou mais de 1,5 milhões de pessoas em 1915, entre outras coisas, que incluem chamar Israel de estado terrorista?”, perguntou o Asbarez à comunicação corporativa da Starbucks.