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Legislativo de Buenos Aires rejeita projeto da "Praça do Azerbaijão"

O Conselho Legislativo de Buenos Aires, Argentina, decidiu rejeitar a proposta de projeto para nomear uma praça no bairro de Colegiales como “República do Azerbaijão” na quarta-feira, 10 de Setembro.

O projeto atraiu uma série de críticas dentro da comunidade armênia, já que os fundamentos do projeto diziam que os primeiros anos de independência do Azerbaijão “foram ofuscados pela guerra de Nagorno-Karabakh com a vizinha Armênia”, enquanto que, nos últimos anos, “o Azerbaijão não só conseguiu pacificar a região, mas também está fazendo grandes esforços para mostrar ao mundo, como parte de várias organizações internacionais, a estabilidade política e econômica para o seu povo. “

Palacio_Legislativo_de_la_Provincia_de_Buenos_Aires_(La_Plata)_(1)Carolina Karagueuzian, diretora do Comitê Nacional Armênio da América do Sul, em Buenos Aires, foi a primeira a levantar a voz: “Dentro da aparente neutralidade do projeto há uma estratégia mais ampla escondida pelas autoridades do Azerbaijão, que procuram limpar sua imagem e esconder suas constantes violações dos direitos humanos. A embaixada do Azerbaijão na Argentina foi aberta especificamente para enfrentar os argentinos de ascendência armênia, que mantêm uma luta ativa contra a impunidade de crimes contra a humanidade por quase 100 anos”.

“O projeto disse que o Azerbaijão conseguiu pacificar a região, quando na verdade as autoridades azeris boicotam as mediações na questão de Karabakh e seu presidente ameaça continuamente retomar a guerra. Além disso, o presidente do Azerbaijão declarou em 03 de setembro que a Turquia e o Azerbaijão vão trabalhar juntos para ‘dissipar o mito do Genocídio Armênio’ em 2015, o centenário do Genocídio. É inaceitável para a cidade de Buenos Aires conceder um espaço para que o lobby Azeri continue divulgando sua propaganda negacionista, justamente quando a cidade se prepara para comemorar o 100 º aniversário deste crime contra a humanidade”, acrescentou Karagueuzian.

Além disso, Karagueuzian lembrou que “a diplomacia Azeri tentou realizar um projeto semelhante na Cidade do México há dois anos. E ainda, em 2010, por meio da ação da comunidade armênia do Governo da Cidade de Buenos Aires cancelou a instalação de uma estátua de Mustafa Kemal Atatürk.”

Assim que a notícia chegou em seu escritório, a deputada Alejandra Caballero, autora do projeto, deixou claro que ela não iria apresentá-lo no Legislativo: “Eu me sinto muito proxíma da amada comunidade armênia, eu os acompanho em sua dor, na memória vivida e a afirmação constante do Genocídio Armênio cruel ocorrido há 99 anos atrás”, disse Caballero. “Eu assinei o projeto por engano, entre muitos outros, para nomear espaços públicos para outros países. Lamento e peço desculpas aos que podem ter sido afetados e se sentiram ofendido com o meu erro e agradeço profundamente aos meus amigos que me alertaram de meu descuido” acrescentou.

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