No último dia 19 de janeiro, na mesma data que marca o aniversário do assassinato do jornalista turco de origem armênia Hrant Dink, morto a tiros em frente ao escritório do Agos, o website do jornal bilíngue foi invadido por hackers. Os criminosos cibernéticos ultranacionalistas que realizaram o ataque estamparam a imagem de Mustafa Kemal Atatürk na homepage do jornal, com a assinatura “SERBERUS.
Abaixo da imagem do líder turco, responsável pela assinatura do Tratado de Lausanne em 1923 que negou aos armênios as suas terras ancestrais, havia a seguinte declaração: “Será que alguém ainda se lembra do nome de Dink? Enquanto tiver turco vivo no mundo, prosseguiremos. Nunca se esqueça. Feliz é aquele que diz que ele é turco. Viemos para levantar a nossa voz”.
Este tipo de expressão é comum na Turquia, um Estado negacionista que perpetua a impunidade do genocídio até os dias atuais, o mesmo crime sobre o qual há 90 anos foi fundada a República da Turquia “moderna”.
