Informativo ARMÊNIA 2013
Ano XIII – nº 10
Novembro/Dezembro/13
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E VEIO A LUZ PARA DISSIPAR AS TREVAS
Em clima de Natal e ao despontar de um Novo Ano, somos movidos pelas alegrias das celebrações – com esperanças de paz e mudança – e simultaneamente, pela dor captada por nossa consciência, dos aflitos da humanidade, do pranto dos nossos irmãos agredidos pelas forças do mal.
Cristo veio trazer a luz para um mundo em caos – em “trevas”, como disse o profeta Isaías. Hoje, olhando para os povos, que paradoxo! Cabe-nos a conscientização, a intermediação e o socorro. Estamos nos referindo, em particular, aos armênios da Síria…
Não posso deixar de repassar aos leitores, uma mensagem natalina, imperdível, que recebi do físico nuclear e de energia solar (NASA), o pregador Dr. Knell Touryan, residente em Colorado. O conteúdo é tocante pelo realismo, expresso através de uma curiosa analogia que faz da oliveira (sua origem, tratamento e frutos) com o nascimento, vida e sofrimentos de Cristo e dos cristãos. Pertinentes são os comentários que faz da situação no Oriente Médio, a pressão do Islamismo e os armênios da Síria.
Agradeço a colaboração de todos os que nos enviaram seus textos.
Um grande abraço natalino a todos os leitores e votos de uma vida que se renove a cada dia do ano de 2014.
Sossi Amiralian
Redatora
O PRESIDENTE DA FRANÇA, FRANÇOIS HOLLANDE, VISITARÁ A ARMÊNIA EM MAIO DE 2014
O presidente da França, François Hollande, vai visitar a Armênia em maio de 2014, a convite do presidente armênio Serzh Sargsyan. O Presidente da República recebeu os representantes do Conselho de Coordenação das Organizações Armênias da França (CCAF), Mourad Papazian, Ara Toranian e Alexis Govciyan. Ele elogiou o trabalho desse Conselho, no sentido da preservação da cultura e memória armênias. Os líderes apresentaram um projeto de um Centro memorial nacional que foi apoiado pelo Presidente.
Discutiram, também, sobre os preparos para o centenário do genocídio armênio em 2015. Foi, assim, confirmada a visita do presidente francês à Armênia, na data aprazada. (arm.radio.am)
A AIR FRANCE AUMENTA O NÚMERO DE VOOS PARA A ARMÊNIA
Conforme acordo entre os “Aeroportos Internacionais Armênia” (CJSC) e a Air France, haverá, em 2014, um aumento no número de voos semanais de 3-4 para 7. Um progresso considerável foi observado também na United Arab Emirates, cujos voos semanais para a Armênia estão aumentando de 7 para 11, a partir deste mês de dezembro. Chegou-se ainda a outro acordo entre a CJSC e a Visa Concord da Armênia com a grande operadora dos Emirados Árabes, a “Etihad Airways”, que realizará voos de Abu Dhabi a Yerevan, a partir de julho de 2014. Ela é conhecida como a transportadora aérea que mais cresce na história da aviação comercial. Tendo uma frota de 66 aviões, opera com mais de 1000 voos semanais, servindo uma rede internacional de 84 passageiros e de carga, com destinos ao Oriente Médio, África, Europa, Ásia, Austrália e América do Norte; é dona de quase 30 por cento da Air Berlim e 40 por cento da Air Seychelles. (arm.radio.am, times.am)
EXPORTAÇÃO DE PINTURAS ARMÊNIAS
O número de pinturas exportadas da Armênia teve um aumento de 4.6 por cento, durante os meses de janeiro a setembro, em comparação com o mesmo período do ano anterior, num total de 526 peças. Conforme as informações do Comitê de Imposto de Renda do Governo, dessas peças, 191 foram enviadas para os Estados Unidos da América, 106 para a Federação Russa, 49 para a França, 40 para o Kuwait, 38 para a Ucrânia, 19 para a Turquia, e os demais para a India, Macedônia, Noruega e outros países. O valor aduaneiro das pinturas exportadas ultrapassou 1,3 milhões de dólares. (armenpress.am)
PESQUISAS DE OPINIÃO
Numa recente pesquisa de opinião sobre os principais problemas sócio-políticos da Armênia, foram obtidos os seguintes resultados:
• Conflito Nagorno-Karabagh – (24%)
• Desemprego – (22%)
• Eleições presidenciais – (2%)
• Emigração – (26%)
• Pobreza – (26%)
Total de votos: 4.899
Uma outra pesquisa de opinião, sobre quais os países que reconheceriam primeiro a independência de Nagorno-Karabagh, obteve os seguintes dados:
• Hungria – (3%)
• USA – (5%)
• França – (14%)
• Rússia – (9%)
• Uruguai – (41%)
• Armênia – (28%)
Total de votos: 4.268
(Groong)
BEST SELLERS EM YEREVAN
A Agência de Notícias Armênias publicou recentemente uma lista de livros mais lidos em Yerevan, de acordo com as indicações das livrarias locais. Conforme as pesquisas, 43 obras foram relacionadas, das quais são citadas cinco, a título de exemplos:
• “O Livro das Lamentações de Narek”
• “O Livro de Poemas”
• “O Pequeno Príncipe”
• “O Alquimista”
• “Onde as rosas silvestres florescem”
(Armen Press)
Armênios islamizados
• Domingo, 24 Nov 2013
Este é um tema que vem tomando corpo muito rapidamente em toda a diáspora armênia, na Turquia e até dentro da própria Armênia.
É um assunto novo, mas quase explosivo. Tudo parecia estar tão esquecido e apagado, mas surge como um raio muito intenso, e seu trovão se seguem aos quatro cantos do planeta, fazendo nos refletir e tomar consciência de uma realidade tão desafiadora e impensável.
Mas é uma realidade factual: existem milhões de descendentes de armênios na Turquia, islamizados, que seus antepassados se anularam para poder sobreviver, seguir existindo como seres humanos, ultrajados, e hoje seus filhos, netos e bisnetos, ressurgem, se revelam como parte de um processo planejado da extinção da raça armênia das terras do antigo Império Otomano.
Eles estão aí, vivos, respirando, com seus olhares introspectivos, buscando se encaixar nesta encruzilhada que a história lhes colocou.
É uma questão geopolítica, ou de cunho meramente social e histórico, ou de etnia, ou de religião, ou de …, são várias as formas que podemos tentar analisar. Mas a mera existência de milhões de descendentes de armênios islamizados em terras turcas atuais nos impõe uma faceta complexa e antagônica.
Claro, somos todos civilizados, educados e conhecedores dos nossos direitos e deveres, mas, será que nós somos, seja na diáspora, seja na Armênia, ou a Igreja, que podemos conceber um entendimento razoável ao caso?
Vejamos:
1915, 1916, 1917, 1918, …;
– alguns, ou muitos armênios, dentro das quantidades que foram assassinados pelo Império Otomano, se negam, se curvam, se silenciam, e se “convertem” para poder sobreviver;
– Muitas vezes são humilhados, ultrajados, e são forçados a negar sua própria descendência, origem e religião;
– Muitas são mulheres, jovens, tornam-se parte de um harém de um sultão, e devem agir como tal;
– Trazem vários filhos e devem cria-los como turcos, falando turco, islamizá-los, quase nada podendo revelar de sua real origem;
– Mas para alguns, alguma coisa fica, como, ao ver uma pequena tatuagem no braço de sua mãe, uma cruz…
– A criança ao ver e olhar para sua mãe, vê nela um pequeno sorriso e uma lágrima escorrer de seu rosto marcado;
– Isso marca, isso fica;
– Assim seguem aos seus netos, bisnetos…
– O mesmo sorriso e lágrima são lembrados, são marcas profundas, fortes;
E hoje nos confrontam, nos submetem a enfrentar o inesperado, nestas proporções, que Hrant Dink já sabia tão bem.
Ora, vamos encher nossos pulmões, olhar a 30° graus para cima do horizonte e refletir:
– Esta condição atual dos armênios islamizados é algo que está nos sendo imposto?
Nós armênios sempre, em praticamente em toda a nossa história, estivemos enfrentando vários desafios, muitos deles exigindo o derramamento de sangue, para podermos nos preservar como um povo unido, único e manter nossa origem, etnia, com base na nossa religião, nossa língua riquíssima, vasta cultura e folclore, nossa história e heróis, nossa culinária, nossas terras, vilarejos, vilas, cidades …, e agora temos milhões de descendentes de armênios, islamizados, que não falam armênio, talvez tenham vaga noção da nossa cultura e história, nem tem ideia exata sobre nossos heróis, ou onde ficavam nossas grandes comunidades no antigo Império Otomano, etc, mas são parte de nós.
Eis aí um novo e grande desafio para todos nós armênios. Se somos realmente aquele povo escolhido por Deus para estarmos hoje onde estamos, temos poucas chances para sermos avessos e/ou, fazermos pouco caso desta realidade factual que se impõe.
Como já disse no passado um grande presidente americano, e que tanta falta faz hoje:
“A sabedoria sempre governará a ignorância!”
Edouard Mekhalian
CHRISTMAS GREETINGS
‘So the year was filled with both joy and sadness.’
However, our hearts have been breaking because of the horrific events taking place in the Middle East over the past two years. Many friends in Syria and Lebanon have been caught in the midst of war and mayhem, being killed, displaced, and exiled from places they have lived for generations. Islamic extremists in these areas target the Christians in particular to rid the land of infidels and honor Allah. Over one-forth of the Christians in the Middle East have fled the region in the last four years. We wonder if there will be any Christians left once things settle down?
Lessons from the Olive Tree: The olive tree is ubiquitous around the Eastern Mediterranean and reminds us that there is hope in the midst of this dire situation. The olive tree must have been among the first plants to rejuvenate after Noah’s flood, because when the dove was released from the ark, it brought back an olive branch. The olive tree is amazingly hardy and can survive for thousands of years in arduous conditions. Its roots grow deep and carry the life of the tree I them. Plant a small section of broken root in good soil and you will soon have a tree because the roots bud and grow again. However, to have a productive tree requires tilling the soil, pruning and even grafting in branches from healthier trees. Its fruit although bitter to taste, when treated provides food for sustenance.
The olive tree serves as a symbol of peace and hope, which is the message of the Incarnation. Jesus’s sacrifice brought peace with God and hope for eternal life. Our Judeo-Christian roots grow deep and have survived for two millennia. The Church continues to grow and flourish in the most unexpected places. Often it takes many years of tilling the soil of hearts and minds before fruit is produced. But when produced, it provides Food for both the soul and body, as the work of God’s Spirit brings both spiritual and physical blessings.
The oil produced by the crushing of olives provides light (oil lamps), health (soaps and oil) and honor (anointing of kings). Jesus Christ himself was crushed by the weight of our sin as he went to the cross, and this crushing began in an olive grove. The word ‘gethsemane’ means olive press in Hebrew and Aramaic. Yet the oil that was produced by his crushing has provided light in the midst of darkness for 2000 years. It has provided healing for both individuals and nations. It cleanses us from the power of sin. It provides hope for today, tomorrow and eternity.
So at this time we rejoice as we remember the Incarnation – Emmanuel, God with us. And our hearts are comforted to know that in his suffering, Jesus Christ showed us that light and healing can come from suffering. Our prayer for our brothers and sisters in the Middle East is that our Lord would ‘bestow on them a crown of beauty, instead of ashes, and the oil of gladness instead of mourning.’ (Isaiah 61:3)’ (Kenell and Cheryl Touryan)