Istambul, uma das cidades mais importantes da Turquia, está na disputa com Tóquio e Madri para realizar os Jogos Olímpicos.
Os armênios protestam, pois durante os últimos 98 anos a Turquia continua negando ter cometido um genocídio contra o povo armênio em 1915, um genocídio que custou a vida de um milhão e meio de pessoas.
A ONG Repórteres Sem Fronteiras recentemente qualificou a Turquia como o país com “maior número de prisão de jornalistas no mundo”, além de constatar que a repressão policial foi brutal durante as manifestações pacíficas na Praça Taksim, em julho passado.
“A escolha de Istambul como cidade sede das Olimpíadas servirá para aprofundar o grau de vulnerabilidade das minorias já oprimidas e irá encorajar as autoridades turcas a continuar sua política xenófoba e discriminatória“, diz o texto divulgado pela UJA da Argentina (União juventude Armênia), organizadora do protesto.
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A apresentação de Istambul já aconteceu e segundo o Portal UOL, os representantes do COI turco adotaram o discurso de que sua escolha representa a abertura de uma nova fronteira para o movimento olímpico. “É um discurso similar ao que levou o Rio de Janeiro à vitória, em 2009, na disputa pela sede dos Jogos de 2016. A expansão do evento para um país de maioria islâmica ao lado do Oriente Médio foi apontado como trunfo”.
Razmig Nalpatian, membro da organização da juventude, disse: “O Comitê Olímpico turco contratou a Burson Marsteller, a mesma agência de publicidade que lidou com os meios de comunicação para tentar “limpar a barra” do país durante a ditadura, para conseguirem sediar o Mundial ’78, que óbviamente, aconteceu na Argentina”. A agência de publicidade criou, na época, a infame frase: “Nós argentinos somos direitos e humanos” (Los argentinos somos derechos y humanos).
_NOTÍCIA DE ÚLTIMA HORA: A CIDADE JAPONESA DE TOQUIO FOI ELEITA A SEDE DAS OLIMPÍADAS de 2020.