Da Redação

Armênia recorrerá a Organização do Tratado de Segurança Coletiva se Azerbaijão reiniciar hostilidades

SIC –

O ministro da Defesa da Armênia, Seiran Oganian, admitiu hoje que Yerevan pedirá ajuda à Organização do Tratado de Segurança Coletiva (OTSC) se o Azerbaijão reiniciar as hostilidades contra a região autónoma de Nagorno-Karabakh.

A OTSC integra a Armênia, Bielorrússia, Cazaquistão, Quirguistão, Uzbequistão, Rússia e Tadjiquistão.

“Visto que a Armênia é membro da OTSC, temos o direito de esperar uma reação e apoio apropriados dos nossos aliados”, declarou Oganian na abertura da conferência internacional “OTSC e o Cáucaso do Sul: perspectivas de paz na região”.

A expectativa baseia-se na existência de “compromissos recíprocos e de meios necessários para responder adequadamente a uma eventual agressão”, acrescentou.

Oganian referiu que Baku está intensificando a corrida armamentista e esforçando-se em impor um bloqueio energético e económico à Armênia.

“No caso do reinício de operações militares contra Nagorno-Karabakh, Erevan será obrigado a intervir para obrigar o agressor a abandonar as suas intenções, porque a Armênia é a garantia da segurança de Nagorno-Karabakh”, concluiu.

O conflito de Nagorno-Karabakh remonta a fevereiro de 1988, quando essa região autônoma, com maioria da população armênia, anunciou a intenção de se separar do Azerbaijão. Essa posição provocou confrontos armados entre tropas armênias e azeris.

O cessar-fogo foi conseguido a 12 de maio de 1994, mas é regularmente violado pelas duas partes.

Para encontrar uma saída pacífica e negociada do conflito foi criado, em 1992, o Grupo de Minsk da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE), dirigido pela Rússia, França e Estados Unidos.

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