Sites armênios de notícias afirmam que a deputada francesa Valérie Boyer iniciou um novo projeto de lei sobre a criminalização da negação do genocídio armênio na França.
Em seu perfil pessoal no Facebook, Aram Suren Hamparian – o presidente da ANCA – também escreveu que a campanha da deputada foi relançada.
A deputada Valérie Boyer é a redatora do texto de 22 dezembro de 2011, que visa penalizar a negação de todos os genocídios reconhecidos pela França, incluindo o dos armênios.
Em 23 de janeiro deste ano, o Senado francês aprovou o projeto de lei que criminaliza o genocídio armênio e previa impor uma multa de 45 mil euros e um ano de detenção para qualquer pessoa na França que negasse este crime contra a humanidade cometido pelo Império Otomano e ainda negado pela República da Turquia.
Porém, mais tarde, o Conselho Constitucional francês decidiu que um projeto de lei aprovado pelo Senado tornando crime negar o genocídio armênio era um ato anticonstitucional e foi barrado.
A derrota foi uma “ducha de água fria” nos armênios da França, bem com no então presidente Sarkozy, acusado de usar a lei em benefício próprio para conseguir votos da comunidade armênia local para se reeleger, o que não aconteceu.
François Hollande venceu nas urnas e a comunidade franco-armênia logo pensou que o apoio presidencial havia se esvaído com a derrota de Sarkozy. Entretanto, em julho (um mês antes de tomar posse como presidente) Hollande confirmou os planos para uma nova lei que criminaliza a negação do genocídio armênio com representantes da comunidade armênia.
Ataque Hacker:
Na manhã de natal de 2011, o site da deputada francesa foi hackeado por supostos nacionalistas turcos (leia a notícia, clique aqui).
Ao acessar o site, a abertura da página principal era exibida normalmente por 2 segundos e então, na sequência, uma imagem preta e a bandeira da Turquia, com frases dirigidas aos armênios da diáspora em turco e em inglês.
Mais retaliações:
Segundo o site NationalTurk, a imagem de Valerie Boyer estampará preservativos que um empresário turco residente na França pretende introduzir no mercado.
No Brasil:
Em um infeliz artigo no dia 30 de janeiro de 2012 no maior jornal em circulação no país, a Folha de São Paulo, o ex-ministro e professor Luiz Carlos Bresser-Pereira, lança uma questionável reprovação ao fato da França reconhecer o genocídio armênio (leia mais).
Leia também o artigo do professor Onnig: Um alerta ao professor Bresser-Pereira.