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Heitor Loureiro é aprovado em defesa de mestrado sobre a história política da comunidade armênia, na PUC-SP

Na quinta feira, dia 20 de setembro, o professor Heitor de Andrade Carvalho Loureiro defendeu sua dissertação de mestrado intitulada: “O Comunismo dos Imigrantes Armênios em São Paulo (1935-1969)”.

Em uma brilhante dissertação, ele traçou um perfil político da comunidade armênia de São Paulo através da militância de esquerda de alguns dos imigrantes e seus descendentes.

A pesquisa foi considerada brilhante pelo ineditismo e pela criatividade, já que Heitor Loureiro partiu de arquivos de documentos oficiais do antigo Dops (Departamento de Ordem Política e Social) no qual constavam nomes de armênios fichados por suas atividades políticas.

O trabalho é de suma importância para a memória da imigração armênia, pois desnuda as diferenças políticas que permearam a vida comunitária e resgate documentos importantes da imprensa armênia de São Paulo.

O elogiado trabalho soma-se a carreira de Heitor Loureiro que é membro da Associação Internacional de Estudos de Genocídio (IAGS), representante da Fundação Luisa Hairabedian de Buenos Aires, especializada em Direitos Humanos e é egresso do Zoryan Institute em Toronto, Canadá.

A banca contou com a presença dos professores: Drª Yvone Avelino, Drª Maria Aparecida de Paula Rago e Dr. Alexandre Hecker.

A defesa foi bastante concorrida com a presença de muitos membros da comunidade armênia. Natalie Magarian, estudante de letras da USP disse: É muito importante inserir o tema armênio nas discussões universitárias.

Para o Professor Hagop Kechichian a tese de Heitor Loureiro é um resgate de temas que ficaram esquecidos e que são fundamentais para a construção da nossa história.

A tradutora Catherine Chahinian ressaltou que é muito interessante ver a história da comunidade armênia ser contada por especialistas que não tenham origem armênia.

O Professor James Onnig Tamdjian, especialista em geopolítica, disse para a reportagem: “O tema armênio nos meios acadêmicos é fundamental para  trazer a tona  o tema do genocídio e ampliar a documentação de alto nível histórico nas grandes universidades.”

A advogada Cristine Maronlian – nascida no Brasil, mas que mora Nova Iorque  – atentou para a presença de muitos estudantes que se interessam pelos temas armênios e isso pode gerar uma nova produção intelectual sobre o assunto. 

Finalmente, o estudante do Colégio Equipe João Paulo Mekitarian afirmou: “Todas as vezes que o tema armênio é citado em tão alto nível, além de orgulhoso, sinto-me incentivado a conhecer ainda mais sobre nossas raízes”. 

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