O caso do jornalista assassinado Hrant Dink foi enviado para a Suprema Corte de Recursos na última quarta-feira.
O tribunal local tomou uma decisão controversa sobre o assassinato no dia 17 de Janeiro desse ano, absolvendo todos os 19 suspeitos das acusações de formação de quadrilha ou participação em qualquer organização criminosa. A decisão do tribunal gerou uma revolta generalizada na Turquia, as pessoas tomavam as ruas para protestar contra o veredito.
Essa semana o tribunal divulgou detalhadamente os autos do julgamento, incluindo registros das audiências, petições e defesas de ambos os lados.
Em uma petição apresentada à Suprema Corte de Recursos o advogado de Dink argumentou que a decisão do tribunal violou o Código Penal Turco ao reconhecer a existência de uma organização criminosa e concluir que não poderia ser localizada por ser mantida em segredo, além de que a corte ignorou traços de formação de quadrilha no caso. As deficiências nas fases de investigação e acusação estão listadas em oito artigos da petição, que pede à corte de recursos que derrube a decisão.
O tribunal local determinou uma sentença de prisão perpétua a Yasin Hayal, um dos principais suspeitos do assassinato de Dink, por incitação ao assassinato, enquanto outro suspeito, Erhan Tuncel, foi absolvida das acusações de assassinato. Tuncel recebeu pena de 10 anos e seis meses pelo atentado independente de um restaurante McDonald’s em 2004.
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