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Parlamento Holandês reconhece o Genocídio Armênio

Via Asbarez


AMSTERDAM – A câmara baixa do parlamento holandês, conhecida como Tweede Kamer, aprovou duas resoluções na quinta-feira com um voto de maioria reconhecendo o Genocídio Armênio, o outro convidando o ministro das Relações Exteriores a visitar a Armênia em abril para observar o aniversário desse crime.

De acordo com NLTimes, ambos os movimentos foram apresentados pelo membro do parlamento do partido ChristenUnie, Joel Voordewind. Os quatro partidos da coalizão apoiaram os movimentos.

A Holanda não reconheceu o genocídio até agora, no entanto, a maioria do parlamento votou na quinta-feira para mudar esse curso e reconhecer oficialmente os acontecimentos de 1915 como genocídio.

“Não podemos negar a história por medo de sanções. Nosso país abriga a capital do direito internacional depois de tudo, então não devemos ter medo de fazer o certo aqui também”, disse Voordewind a Trouw, uma publicação holandesa na sexta-feira.

A relação entre os Países Baixos e a Turquia já é tensa, uma vez que os Países Baixos recusaram o acesso dos ministros turcos ao país para fazer campanha por um referendo que deu ao presidente turco Recep Tayyip Erdogan mais poder. Recentemente, conversações para reparar esse relacionamento quebraram, e os Países Baixos recordaram oficialmente o embaixador holandês no país.

O ministro das Relações Exteriores da Holanda, Sigrid Kaag, disse à NOS, uma rede de televisão holandesa, que ela respeita e aprecia o “entusiasmo” do Tweede Kamer para reconhecer o Genocídio Armênio, mas não comentará a posição do governo sobre a questão até que ela tenha debatido o assunto com o parlamento semana que vem.

A Kaag não disse se um membro do governo participará da comemoração em abril. Mas fontes em Haia disseram à NOS que alguém estará lá.

Joël Voordewind disse em um tweeter no início de hoje que “a Câmara dos Deputados reconhecerá o Genocídio Armênio e este ano a comemoração na Armênia será atendida no nível do governo.”

“A Turquia não ficará tão feliz com o que foi dito. Mas no passado, os alemães tiveram que lidar com essa questão da mesma maneira”, afirmou o ministro da Defesa neerlandês, Ank Bijleveld.

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