Armenpress; Gazette
Milhares de armênios, judeus e outros apoiadores se reunirão na Times Square no dia 22 de abril para rememorar o primeiro Genocídio do século XX, o Genocídio Armênio, bem como o Dia de Recordação do Holocausto.
O evento homenageará os armênios – um milhão e meio – que foram massacrados pelo Governo dos Jovens Turcos do Império Otomano, e seis milhões de judeus que foram aniquilados pelo regime nazista durante a Segunda Guerra Mundial.
Há poucos dias do aniversário de 97 anos da tragédia que ocorreu durante a I Guerra Mundial, quatro sobreviventes do Genocídio Armênio, conhecido como Medz Yeghern (Grande Tragédia), lembraram os seus momentos horríveis de dor, tristeza e sobrevivência, durante uma sessão especial de perguntas e respostas ao New York Armenian Home, em Flushing.
Realizada em 25 de março, quatro mulheres, todas com um século ou mais, e que representam alguns dos poucos sobreviventes remanescentes do genocídio, contaram suas histórias.
Perouz Kalousdinian, 102, compartilhou de sua história com a ajuda da tradutora Karine Barsoumian. “A cada ano há menos sobreviventes para conversar”, disse o Dr. Dennis R. Papazian, diretor fundador do Centro de Pesquisa Armênio da Universidade de Michigan-Dearborn . “O fato de eles ainda se lembrarem, na sua idade, dos eventos que aconteceram a eles, é uma indicação de quão traumática foi a experiência toda.” A primeira foi Perouz Kalousdinian, nascida em Harput (Kharpert), em 1909. Em seguida veio Arsalos Dadir, nascida em 15 de agosto de 1913, em Shabin, Karahisar. A terceira era Charlotte Kechejian, nascida em Nikhda, em 21 de outubro de 1912. Finalmente veio Azniv Guiragossian, uma nova residente na casa Guiragossian, nascida em 30 de dezembro de 1910, em Urfa. Sua família inteira foi morta quando ela tinha apenas seis anos de idade e, como a maioria das crianças que sobreviveram ao genocídio, ela foi enviada para viver em um orfanato.