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Erdogan aumenta repressão e povo turco sofre as consequências

Fontes combinadas

Nesta sexta-feira, dia 4 de novembro, o governo turco anunciou o bloqueio do whatsapp e do twitter, de acordo com a agência de notícias Reuters. A ação repressiva do governo Erdogan acontece um dia depois de Demirtas Selahattin e Figen Yuksekdag, além de outros 11 membros do Partido Democrático dos Povos (HDP, na sigla em turco, representante dos curdos e outras minorias) serem presos e de aumentarem os rumores que o presidente turco tenta articular a prisão dos 59 parlamentares do HDP.

O partido é a principal força política parlamentar de oposição ao AKP, partido do presidente Recep Tayyip Erdogan, que acusa o HDP de ter ligações com o Partido dos Trabalhadores do Curdistão, conhecido mundialmente como PKK, tido pelo governo da Turquia e de outros países como um grupo terrorista. O HDP nega qualquer tipo de vínculo com o PKK ou outro grupo paramilitar e afirma que a ação repressiva contra seus membros são uma mostra do fascismo de Erdogan e que o povo deveria ir às ruas para defender a democracia na Turquia.

A comunidade armênia também teme pela prisão de Garo Paylan, deputado de origem armênia do HDP que em abril deste ano “Ressucitou” os 13 deputados armênios do Império Otomano que foram assassinados em 1915, como parte do plano do governo otomano de exterminar a população armênia da Anatólia. No mês seguinte, em maio, Garo Paylan e seus companheiros do HDP foram agredidos por deputados afiliados ao AKP (veja aqui).

No dia 15 de julho, a Turquia sofreu uma tentativa de golpe que visaria derrubar Erdogan e o AKP do poder. O mal-sucedido golpe serviu como justificativa para Erdogan expurgar o Estado e a sociedade civil de seus opositores, principalmente as lideranças curdas e o imam Fethullah Gülen, líder do movimento religioso Hizmet, cujo apelo social na Turquia e no exterior ameaça o projeto político de Erdogan e do AKP.

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