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Tupac e o hip-hop como ferramenta capaz de revelar a verdade sobre a luta dos armênios

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Como muitos sabem, Tupac era um rapper estadunidense muito a frente de seu tempo. O rapper cantava sobre temas polêmicos como mensagens anti-elite, anti-controle e pelas liberdades e direitos, ele falava abertamente sobre tais assuntos em suas entrevistas e sobre os Illuminati, nome que naquela época pouquíssimas pessoas tinham ouvido falar.

A imprensa o ajudava, destacando-se a famosa publicidade à sua prisão por violação (sendo que na verdade a acusação e sua pena nao foi por violação mas sim por abuso sexual e a diferença é para uma acusação de violação há de ter ocorrido sexo sem consentimento enquanto que para o abuso apenas um apalpão basta).

Durante o cumprimento de sua pena seus albums continuavam a vender como se nada tivesse acontecido, ele chegou a levar 5 tiros e sobreviveu, era um artista que nao precisava de nada para promover a sua música. Fez poucos shows ao vivo tendo em vista sua rotina entre prisão e fisioterapia e ainda assim era o rapper mais famoso e o que mais vendia.

Após a tentativa de assassinato e depois de “terem colocado-o” na prisão (Tupac estava falando demais, “alguém” queria cala-lo) ele se tornou mais agressivo em suas letras e entrevistas contra a indústria.

Nessa nova fase musical do Tupac, ele tornou os Illuminati seu alvo principal e pessoal, adicionando a letra K ao nome da organização, seria uma mensagem como Kill + Illuminati, por que ele acreditava que deveria expor e destruir o grupo.

O rapper sempre lutou pelas minorias, mexicanos, latinos, armênios, povos que construíram a América e, ainda assim, nunca tiveram seu devido reconhecimento.

Neste trecho, Tupac dá indicativos da razão real pela qual ele realmente estava preso (por saber de algo podre que nao deveria ser revelado) e fala da necessidade de as minorias permanecerem unidas, também citando os armênios:

Vale ressaltar que logo após o rapper começar a dar voz a temas não muito agradáveis aos ouvidos do Estado e comunicar que iria se candidatar à eleição, foi repentinamente morto.

Sabemos que existem várias teorias da “conspiração” sobre as mortes de várias celebridades além de Tupac, como Elvis Presley, Lady Diana e até mesmo Michael Jackson.

A dúvida sempre permanecerá, mas estes ícones jamais serão esquecidos não só pelas minorias as quais eles dedicavam o seu trabalho, mas também pelo mundo inteiro.

Seguindo a linha de Tupac, muitos rappers vieram depois, um deles, de origem armênia é Nazo Bravo, em sua letra faz questão de ressaltar a história do Genocídio Armênio e de tantas outras lutas de nosso povo.

Em um trecho de uma de suas músicas “HyePower” ele critica Barack Obama: “Quem disse que Obama iria aceitar o genocídio? Tudo o que temos é esperança então eu nunca deixarei morrer, Realisticamente não é nada contra ele, Um homem só pode fazer tanto em um sistema, mas…” e ironiza“Como um homem negro se sentiria? Se a América tivesse dito que a escravidão não foi real? E tentasse fazer de tudo para que eles pudessem apenas encobrir”

Neste vídeo, ele está fazendo parte de um movimento chamado “A verdade sobre Tupac” ao lado do ator Darris Love, falando sobre a influência de Tupac e de como o hip-hop é uma ferramenta capaz de revelar as verdades por trás de histórias que não são contadas, como a história da luta dos armênios.

A música quebra a barreira do interesse político e econômico, através dela podemos fazer com que tantas histórias não contadas sejam ouvidas e questionadas e o hip-hop sempre foi um grande aliado neste ponto!

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