No encontro, Kenarik reafirmou a importância das palavras como gesto simbólico de solidariedade, lembrando que a missa e o reconhecimento oficial do genocídio armênio (em abril do ano passado) por parte da Igreja Católica foi de extrema significância para o povo armênio. Com bom humor e simpatia, o Papa Francisco contou ter muitos amigos armênios na Argentina, e confirmou para a magistrada que visitará a Armênia no próximo mês (junho), estreitando ainda mais os laços com a comunidade.
Dois dias após o encontro, o Pontífice referiu-se pela primeira vez à situação nacional, dizendo que o país estava em seus pensamentos e que desejava que o Brasil seguisse no caminho da harmonia e da paz.
Na ocasião, a Radio vaticana entrevistou a magistrada e você ouve no player abaixo:
A juíza Kenarik Boujikian é armênia de Kessab (Síria), e veio para o Brasil aos 3 anos de idade. Desde então, vem se dedicado à magistratura e à militância pelos direitos humanos.
A juíza credita seu engajamento ao passado de privações e violações presente na história de sua família, pois é neta de sobreviventes do genocídio de 1915. Em 2013, foi homenageada da HOM (Sociedade Beneficente de Damas Brasil-Armênia), durante os 76 . Este ano, recebeu a Medalha Chico Mendes de Resistência e a Medalha Theodosina Ribeiro. Em junho, receberá o título de cidadã paulistana pela Câmara dos Vereadores de São Paulo.
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