Via Prensa Armênia.
“O atentado que vivemos hoje, não é casual”, declarou Mehmet Dogan, antropólogo curdo, em declarações à Agência Prensa Armenia. “Em 7 de junho foram realizadas eleições gerais na Turquia, com um triunfo revolucionário do Partido Democrático dos Povos (HDP), que é uma frente curda que conta com armenios, assírios, árabes, todas as minorias e também progressistas turcos” destacou. ” A estratégia de Erdogan é debilitar a este partido plurinacional e progressista”, completou assinalando que se busca gerar uma “histeria nacionalista na Turquia” para “polarizar” a sociedade às vésperas de outra eleição.
O ataque, que acontece a poucos dias da eleições parlamentares de 1° de novembro, esta relacionado, segundo os analistas, com o processo eleitoral, haja vista que a maioria dos manifestantes eram do partido pró curdo HDP, que na últimas eleições conseguiu obter representação parlamentar pela primeira vez na história do país.
Selahattin Demirtas, co-presidente do HDP, acusou o Estado turco de se converter em uma “máfia”. Ademais, ele denunciou que a polícia anti-distúrbios foi quem chegou ao local do atentado, ao invés das ambulâncias.
A primera reação do presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, foi fazer referência aos ataques atribuindo-os a guerrilha curda ao dizer que “não de diferencia em nada dos atos de terror contra cidadãos inocentes, funcionários, policiais e soldados”.